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Rio de Janeiro, 27 de julho de 2024


Cultura

Programas com a cadência e o espírito do rock

Carina Bacelar - Do Portal

13/07/2010

Mauro Pimentel

Pode não ser um feriado, mas o Dia Mundial do Rock, nesta terça-feira (13), ganha tributos em escala global. Nascido nos anos 50, o ritmo mantém o frescor e, guardadas as proporções, continua sinônimo de rebeldia e originalidade entre os jovens, e os nem tão jovens assim. Parte disso deve-se ao estilo camaleônico, dos pesados punk rock, grunge, heavy metal e hardcore às variações mais açucaradas, como emocore e pop rock, sem esquecer os gêneros psicodélico e progressivo. O Portal PUC-Rio Digital reúne, abaixo, algumas opções para os amantes da guitarra elétrica comemorarem a data, seja vendo um filme, assistindo a uma peça, jantando com os amigos em um pub ou em uma festa.

Homenagens na pista

Nesta quinta-feira (15), a festa “What’s the Craic?”, na Rock n’ Drinks (antiga Drinkeria Maldita), em Copacabana, fará uma homenagem aos 25 anos do Dia Internacional do Rock. Na pista, os DJ’s Andre Pipipi  e Fábio Maia comandarão um repertório com clássicos do rock irlandês e britânico. Reunirá bandas e artistas que contam a história do estilo musical, como Beatles, Led Zeppelin, Paul McCartney, David Bowie, Dire Straits, Queen, Sting, U2, Phil Collins, Eric Clapton e Oasis.

Peça é destaque por sua trilha sonora

No teatro, uma opção é a peça Peer Gynt, em cartaz no Tablado e estrelado por 24 atores da casa. A novidade – e a relação entre o espetáculo e o rock – fica por conta da trilha sonora, elaborada pelo jovem cineasta Matheus Souza, ganhador de dois prêmios no Festival de Cinema do Rio do ano passado com o longa Apenas o Fim, rodado na PUC-Rio. O repertório inclui canções de bandas como Beirut, Radiohead, The Strokes, Belle and Sebastian e da cantora Regina Spektor. É justamente a trilha que dá ares pós-modernos ao drama escrito em 1867 pelo autor norueguês Henrik Ibsen. O enredo narra a jornada de Peer Gynt, um jovem que deixa a mãe, uma viúva, e a pequena vila onde morava para partir pelo mundo em busca de seu próprio Império.

Refeições ao som das guitarras

Um dos pratos principais do restaurante Hard Rock Café, na Barra da Tijuca, foge à lógica dos famosos hambúrgueres e steaks norte-americanos: a aura roqueira da casa temática. Nas 125 filiais espalhadas pelo mundo, a decoração remete à história do gênero musical e reúne objetos autênticos de vários de seus principais expoentes.

Outra opção para admiradores do gênero é o Shenanigan’s Irish Pub, na Praça General Osório, em Ipanema. Segundo Marcelo Ferreira, responsável por reservas e eventos do pub, a essência roqueira mantém-se firme, apesar de a casa abrir espaço para um repertório eclético nas sessões de música ao vivo. As apresentações de quinta, sexta e sábado são mais dedicadas ao rock internacional. Sob o slogan “Não há estranhos aqui. Apenas amigos que ainda não se conheceram”, o restaurante combina pratos da culinária irlandesa, sanduíches e fritas com enorme variedade de cervejas, inclusive importadas. 

Filmes levam às telas mitos do rock

Disponíveis em DVD, os longas Não estou lá, de Todd Haynes, e Aconteceu em Woodstock, de Ang Lee (diretor de O segredo de Brokeback Mountain), exploram dois ícones do estilo musical comemorado nessa terça: o cantor Bob Dylan e o famoso festival de Woodstock , de 1969. Não estou lá é uma espécie de biografia pouco convencional de Dylan. A obra compõe, com seis atores no papel do cantor (Marcus Carl Franklin, Ben Whishaw, Christian Bale, Heath Ledger, Cate Blanchett e Richard Gere), um painel com as várias faces do mito. À originalidade do enredo, soma-se a trilha sonora com composições de Dylan.

Já em Aconteceu em Woodstock, Ang Lee reverte os clichês recorrentes sobre o festival mais famoso do mundo ao retratar como mudou a vida de um só indivíduo no meio da multidão: Elliot Tiber (interpretado por Demetri Martin), o responsável por levar os shows para sua pequena cidade, White Lake. Ao longo do filme, a transformação tanto de Elliot quanto a do pequeno vilarejo é clara – e não é ofuscada nem mesmo diante da grandiosidade do evento.

Estudantes sugerem clássicos do gênero que merecem ser ouvidos

Nada mais justo que comemorar o Dia Internacional do Rock... ao som de rock. Assim, buscamos pelos pilotis dicas de músicas “obrigatórias” de se ouvir nessa data. Foram sugeridos, principalmente, clássicos internacionais. A estudante de cinema Natasha Santana, por exemplo, apontou “Pet sematary” (Ramones), “Wala wala”, (Offspring) e “Rock and Roll all night” (Kiss). Já Saulo Bastos, também estudante de cinema, recomendou “Beast of burden” (Rolling Stones), I can quit you baby (Led Zeppelin) e “London calling” (The Clash). O consenso, porém, ficou por conta da dificuldade de enumerar poucas músicas para homenagear um gênero tão extenso em repertório, principalmente para os fãs mais apaixonados.

Serviço:

Festa “What’s the Craic?”
Dia: Quinta, dia 15, às 23h.
Local: Rock n’ Drinks - Rua Aires Saldanha, 98 A, Copacabana.
Preço: R$ 20 (R$ 15 até meia noite).

“Peer Gynt”
Dia: sábado, às 21h; domingo, às 20h. Até 1º de agosto.
Local: O Tablado – Avenida Lineu de Paula Machado, 795, Lagoa.
Preço: R$ 20.

Hard Rock Café
Shopping Città América – Avenida das Américas, Avenida das Américas, 700. 3º andar, Barra da Tijuca.
Tel: 2132-8000.

Shenanigan’s Irish Pub
Rua Visconde de Pirajá, 112 A, Ipanema.
Tel: 2267-5860.