A vida está a serviço do dinheiro, avaliaram os participantes do 12º Café Teológico. Reunidos em debate organizado pela Pastoral, representantes da Igreja e da sociedade civil alertaram para um problema antigo: a concentração de renda. "O capital deve ser usado de forma social. O acúmulo nas mãos de poucos significa expropriação", advertiu a professora de Teologia Bárbara Duque. Segundo ela, o capitalismo perdeu sua função social.
Inspirados no tema da Campanha da Fraternidade de 2010, “Economia e Vida”, os palestrantes levantaram formas de "valorizar o dinheiro sem idolatrá-lo". O professor do Departamento de Engenharia Industrial da PUC-Rio Roberto Cintra, propôs a sistematização da responsabilidade social na inicaitiva privada.
- Empresas que doam parte do lucro para funções sociais ganham espaço no cenário moderno. Organizações deste tipo somam quase 760 no mundo. No Brasil, há 125 - contabiliza.
O Estado também não ficou isento das observações. O vereador Reimont Luiz (PT-RJ) reconheceu que o dinheiro público muitas vezes é investido de forma inadequada:
- Por exemplo, há dez anos cerca de R$ 500 milhões deixam de ser investidos na educação. Devemos refletir sobre essa realidade.
Padre César Alberto dos Santos, coordenador da Fazenda Esperança, destacou a importância de se trazer "questões econômicas atuais" para o centro do debate. Assim o interesse social é despertado mais facilmente, argumentou. Ele fez um apelo:
- Devemos nos aproximar da realidade e abordar temas que atingem a sociedade.
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