Projeto Comunicar
PUC-Rio

  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram

Rio de Janeiro, 19 de abril de 2024


Cultura

Livro de professoras da PUC revive ideias de Benjamin

Camila Grinsztejn - Do Portal

05/05/2010

Fotos: Camila Grinsztejn

O lançamento do livro Política, cidade, educação: Itinerários de Walter Benjamin, publicado pela Editora PUC-Rio, em parceria com a Contraponto, e organizado pelas professoras da PUC-Rio Solange Jobim e Souza e Sonia Kramer, lotou de amigos, estudiosos e pesquisadores a livraria Argumento do Leblon na noite de terça-feira, 04/05. O livro representa a trajetória de professores envolvidos em estudos sobre os textos de Benjamin e tem por base o 1º Colóquio Itinerários de Walter Benjamin no Brasil, que foi realizado em abril de 2007 na universidade.

Os estudos sobre o autor na PUC-Rio começaram há duas décadas com os professores Leandro Konder e Kátia Muricy. Eles tornaram-se mestres de Solange que, concluindo o doutorado, virou professora de uma nova geração de alunos com quem ainda discute os pensamentos do autor na universidade. Segundo a pesquisadora, o trabalho de Benjamin é interdisciplinar e trouxe enorme contribuição para diferentes áreas das ciências sociais. Para ela, o livro contribui para a revitalização do pensamento de Benjamin a partir de novas interpretações.

 – A leitura é sempre atualizada. Não é a toa que depois de 100 anos essas ideias continuam sendo discutidas. Além disso, não estão presentes apenas na Europa, onde foram concebidas, mas em todos os lugares do mundo.

Uma das colaboradoras desse projeto, a professora do Departamento de Letras da UERJ e mestre em Educação pela PUC-Rio Márcia Cabral afirmou que a recepção de Benjamin em diferentes áreas mostra a potencialidade de sua obra. Segundo ela, Benjamin nos propõe pensar ao contrário, reensinando a história e mostrando como é possível “sonhar um novo passado para construir um novo futuro”.

Para a professora Sonia Kramer, pesquisadora do Departamento de Educação da PUC, a atualidade do pensamento de Benjamin e do livro de se dá pelas questões que aborda sobre os desafios da educação, os problemas da cidade e os trabalhos com a infância. A professora disse ter ficado apaixonada pelo pensamento messianista libertário que aposta na revolução de modo não-dogmático apresentado por Benjamin.

– Descobri que aquela não era simplesmente uma referência bibliográfica, mas uma referência para vida – concluiu.