O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anunciou hoje (26/02) que o 6º Juizado Especial Cível será transferido do Jardim Botânico para edifício público localizado entre a PUC-Rio e o Planetário, na Gávea, na avenida Padre Leonel Franca. O juizado funciona na rua J. Carlos, no Jardim Botânico, desde 2008, e deve se mudar para a Gávea até dezembro. A unidade vai ocupar o prédio que abriga atualmente um posto de saúde e um escritório do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado (Iaserj).
O funcionamento do juizado no Jardim Botânico foi combatido pelos moradores. Segundo a coordenadora do Conselho de Segurança da Associação de Moradores do Jardim Botânico, Maria da Glória Greve, a falta de vagas para estacionamento e o “tumulto” em frente ao local eram alguns dos principais problemas:
– O Juizado é uma instituição bem-vinda no bairro, porém sua localização era muito ruim: uma rua estreita e residencial. A entidade atraía muitas pessoas estranhas e camelôs. Além disso, não havia estacionamento nem mesmo para os funcionários – afirmou.
Para o chefe de Parqueamento da PUC-Rio, José Maria Pereira, a mudança pode trazer transtornos para o trânsito próximo à universidade:
– Pelo menos teoricamente, haverá mais retenção no tráfego. Embora não seja uma rua residencial, a Av. Padre Leonel Franca não é morta, ao contrário, tem vida intensa durante oito meses do ano. Hoje, um carro parado em frente ao Iaserj já é um grande transtorno porque diminui o espaço da via, só dá para passar um carro por vez.
Segundo José Maria, a instalação da unidade no edifício ao lado da PUC-Rio prejudicará, de uma maneira geral, o acesso ao campus. O receio do chefe de Parqueamento é de que os problemas enfrentados pelos moradores no Jardim Botânico sejam trazidos para o entorno da universidade.
– Uma saída é utilizar a área ociosa dentro do terreno do Iaserj como estacionamento. Mas, talvez, este espaço não dê conta do público que o juizado atende – alertou.