Pré-candidata pelo Partido Verde (PV) à Presidência, a senadora Marina Silva (AC) criticou a atual polarização da política brasileira entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Em entrevista à rádio CBN, a senadora afirmou que, se eleita, vai promover um realinhamento com o melhor das duas agremiações.
– Enquanto o PT e o PSDB não conversarem, vai ficar muito difícil a governabilidade. Devíamos ser capazes de estabelecer uma governabilidade básica, onde o PT e o PSDB digam: ´Naquilo que é essencial para o Brasil, nós não vamos colocar em risco a governabilidade´. O Brasil é maior que essas picuinhas – afirmou Marina Silva à CBN.
Segundo o cientista político e professor da PUC-Rio Paulo Mesquita, a senadora utiliza esse discurso como forma de “roubar” votos.
– A Marina não é tão conhecida pela população. Ela não tem estrutura para competir, não tem alianças. Ela quer atingir alguns eleitores que não gostam muito do Serra [José Serra, pré-candidato à Presidência pelo PSDB], e que também não gostam da Dilma [Rousseff, pré-candidata pelo PT].
Apesar de uma relativa mudança na posição da senadora, que foi filiada ao PT durante 30 anos e agora se mostra favorável a um diálogo com o PSDB, Paulo Mesquita elogiou sua atitude.
– É uma boa estratégia. Assim ela teria o passaporte pelos dois mundos, do PT e PSDB. Mas isso não impede que ela tenha também oposição dentro desses partidos. Cada uma das agremiações possui suas próprias correntes – analisou o professor.
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