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Rio de Janeiro, 6 de maio de 2024


Campus

Atalhos para explorar o mundo acadêmico

Evandro Lima Rodrigues - Do Portal

15/04/2010

Mauro Pimentel

Passada a euforia da vitória no vestibular, a vida universitária impõe desafios além do desempenho acadêmico. Para ajudar a superá-los, o Portal PUC-Rio Digital reúne orientações de professores, alunos, dirigentes, funcionários. Nesta espécie de manual para viver melhor o admirável mundo novo, a primeira dica é do reitor, padre Jesús Hortal S.J.:

– Leituras mais sólidas. Mais que a internet, o estudante deve fazer do livro um instrumento básico para a melhor informação.

Na prática, a orientação do reitor significa frequentes visitas à Biblioteca Central, no 3° andar do Edifício da Amizade, na Ala Frings. Para empréstimos e consultas, é necessário cadastro. Basta apresentar a carteira de estudante da PUC-Rio nos balcões de atendimento. Com o cadastro efetivado, o aluno pode até agendar uma visita guiada para conhecer melhor o acervo (constantemente atualizado), a sala multimídia, os espaços de estudo individual e em grupo e os serviços prestados pelos funcionários da biblioteca – como a prestativa Marta Reis. Ela lembra que os recursos de informática não dispensam as orientações pessoais:

– Estamos aqui para ajudar. O estudante bem informado aproveita melhor a biblioteca. Mesmo as informações que parecem óbvias estão sujeitas a dúvidas. Outro dia um aluno perguntou se era preciso devolver o livro – conta. 

Tão importante quanto a intimidade com os livros, a prática da boa convivência exige parcimônia no uso do celular. O aluno deve ter cuidado para que este equipamento de série da vida contemporänea não vire fonte de contratempos. “Nos banheiros, é frequentemente esquecido”, alerta Joelmar Zacarais, da equipe de limpeza. Na sala de aula, ameaça o respeito à coletividade, observa a professora Sandra Korman, coordenadora do Departamento de Comunicação Social.

– A sala de aula é um espaço coletivo. Usar o celular, bem individual, durante uma ação de grupo é a falta de reconhecimento do espaço do outro – esclarece a professora.

Outra regra básica da boa convivência remete ao lixo. Apesar dos numerosos avisos, observa-se que as cestas nem sempre são o destino de papéis, copos, plásticos.

Para construir uma formação superior, os esforços ultrapassam as normas de convivência. Rayana Rubinsztajn, aluna de Comunicação Social, aponta o caminho aos novatos:

– Sejam exigentes. Surpreendam o professor.

Rayana lembra que se acomodou com uma atividade que acreditava estar de acordo com as exigências do professor. O professor, no entanto, foi enfático: queria mais.

 Mauro Pimentel

– Sempre acredite que uma atividade pode ficar melhor. Neste aspecto, não há professor indiferente – observa a estudante.

Se para Rayana um bom trabalho é resultado de exatidão e inconformismo, Maurício Vieira, do 3º período de Letras, acrescenta que planejamento e organização mostram-se igualmente essenciais. Mas a busca do conhecimento, ressalva ele, também precisa de uma abertura à pluralidade:

– É importante não fechar-se em seu curso, ter uma visão de mundo a partir de outros cursos num processo de ler e multiplicar o conhecimento.

Maurício enfatiza, assim, a importância da participação em palestras promovidas pelos diversos departamentos, em atividades culturais e ações sociais. Esta programação é indicada, semanalmente, no PUC Urgente.

O exercício da pluralidade abre as portas também para a troca de conhecimentos, experiências, informações com estudantes provenientes de outros países. Contribui para o êxito na vida universitária o acesso aos olhares estrangeiros, como o da americana Sarah Schoenfeldt. Estudante de economia nos Estados Unidos, ela cursou na PUC disciplinas de design, literatura, português e relações internacionais.

– No começo é difícil. Mas, quando você entende como as coisas funcionam, fica mais fácil – diz Sarah.

Sarah começou a entender como as coisas funcionam por aqui de uma forma simples: perguntando. Segundo ela, é o melhor modo para adaptar-se. O que Sarah constatou em alguns meses, Cristiane Freitas vivencia há anos. Bolsista do 6º período do curso de Psicologia, Cristiane participa do Fundo Emergencial de Solidariedade da PUC (FESP), projeto idealizado pela própria universidade, destinado a a alunos carentes.

O aluno só pode ingressar no projeto a partir do 2º período. A inscrição para o processo seletivo é divulgada no PUC Urgente. Cristiane ressalva que o bolsista não deve aceitar os auxílios como um “grande favor”:

– Esse pensamento segrega. O bolsista deve acreditar que tem algo a acrescentar, é uma troca.

Uma troca que para Maurício Vieira ultrapassa os limites da sala de aula. Estende-se, por exemplo, aos encontros propiciados no Bandejão. Segundo ele, é um momento de confraternização democrática, pois agrega alunos de várias classes sociais.

– É uma reunião de amigos – resume.

Mauro Pimentel 

O Bandejão (R$ 5 por pessoa) atende de segunda a sexta-feira. Oferece café da manhã, almoço, lanche à tarde e jantar. Aos pratos básicos, como arroz, feijão, bife, somam-se opções mais leves, com baixo teor calórico. Estas são preferidas pelo vegetariano Daniel Felipo, aluno do 3º período de Matemática. Para Felipe Urbieta, mestrando em História, os pratos da Dieta, como são chamados, também são úteis para cumprir recomendações médicas.

Os doze restaurantes e lanchonetes do campus reúnem uma série de outras opções gastronômicas, desde comida japonesa a sorvete de iogurte com coberturas de frutas e chocolates. Para saborear o lanche, uma sugestão obrigatória é o bosque, um oásis verde frequentado inclusive por visitantes. Perfeito para recarregar as baterias, reencontrar a paz no cotidiano, o espaço também acolhe um agenda extensa de shows e recitais, no Anfiteatro Junito Brandão. 

O aluno também pode aproveitar o ambiente bucólico para navegar na internet. Para os portadores de notebook, o uso do sistema sem fio está disponível na Biblioteca Central e nas imediações do Rio Datacentro (RDC), em frente ao bosque. Convém solicitar cadastro na biblioteca ou no RDC, orienta Vitor Barbaresi, aluno de Engenharia de Computação.

Caso o estudante não tenha notebook, poderá usar computadores do RDC. “É só ir ao laboratório do RDC com a carteira da PUC e fazer o cadastro”, indica Sthephanie dos Santos, aluna de Engenharia Química. Com laboratórios nos quais se pode utilizar os computadores por até duas horas (prorrogáveis), ou optar pelo espaço para consultas rápidas, o RDC oferece diversos serviços – como a a disponibilidade de 100 impressões gratuitas por aluno, em cada semestre; e o “Disco Virtual”, um suporte online de armazenamento temporário de arquivos. Pode ser acessado em qualquer terminal na universidade (http://discovirtual.rdc.puc-rio.br).  Lucas Soares, no segundo período de Comunicação, utiliza o armazenamento como uma “alternativa para o pen drive”. Ele conta que o serviço já o ajudou em algumas situações:

– Uma vez eu descobri na última hora um erro de impressão num trabalho. Só foi possível consertar porque eu tinha uma cópia salva no Disco Virtual - conta.