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Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 2024


País

Na PUC-Rio, Minc ataca Ministério Público

Yasmim Rosa - Do Portal

05/02/2010

Mauro Pimentel

Em encontro, hoje (5/02), com o reitor da PUC-Rio, Padre Jesus Hortal, S.J, para a entrega dos mapas do Programa Integrado de Monitoria Remota de Fragmentos Florestais e de Crescimento Urbano no Rio de Janeiro (Pimar), o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu a decisão da Advocacia Geral da União (AGU) em pedir a investigação dos procuradores que ingressaram com ações na Justiça contra a construção da usina de Belo Monte, no Pará. Segundo o ministro, o assunto é complexo e deve ser analisado com cautela. Para Minc, as acusações contra o técnico que aprovou o prosseguimento do processo administrativo não se justificam.

– Sou um defensor do Ministério Público, mas alguns procuradores extrapolam, como aconteceu agora. Para que uma licitação seja aprovada, ela precisa passar por várias etapas e este é um processo longo. Se um técnico aprovou a continuidade de uma licitação, ele não pode ser julgado por um procurador, na condição de pessoa física, só porque ele é contra o projeto – comenta.

Na próxima segunda-feira (8/02), o ministro vai se reunir com o chefe da AGU, Luís Inácio Lucena Adams, e o chefe do Ministério Público, o procurador-geral da República Roberto Monteiro Gurgel Santos, para discutir o assunto. De acordo com Minc, é papel do Ministério Público defender os interesses da sociedade, mas é necessário ter um equilíbrio nas acusações.

Ainda sobre a construção da usina de Belo Monte, o ministro mostrou-se a favor do projeto. Ele afirmou que esta é a melhor opção no caso brasileiro e que as energias alternativas não seriam suficientes para abastecer o país.

– Nós já investimos bastante em energia alternativa. Sou fã da energia eólica, da biomar e da solar. O único problema é que a soma das três não chega a 5% da oferta de energia nacional. O Brasil vai crescer 5 ou 6% ao ano e precisamos de energia suficiente para abastecer todas as regiões. Uma das opções era a construção de termoelétricas, mas elas foram descartadas pelo alto grau de poluição que geram com a queima dos combustíveis fósseis.

O leilão de concessão para a construção da usina será realizado até o dia 12 de abril.