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Rio de Janeiro, 1 de maio de 2024


Campus

Minc aprova projeto ambiental com participação da PUC-Rio

Lucas Soares - Do Portal

05/02/2010

 Mauro Pimentel

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, esteve na última sexta (05/02) na PUC-Rio para avaliar os avanços feitos pelo Programa Integrado de Monitoria Remota de Fragmentos Florestais e de Crescimento Urbano no Rio de Janeiro (Pimar). O projeto desenvolvido em parceria com a Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Ecológicas (INPE) visa à proteção das áreas florestadas por meio do desenvolvimento de um sistema de monitoramento via satélite das encostas do município do Rio de Janeiro.

Desde dezembro de 2008 a PUC firmou parceria com a SEA com a meta de monitorar por dois anos as áreas de Mata Atlântica da cidade. As áreas do Maciço da Tijuca e do Maciço da Pedra Branca foram acompanhadas nos anos de 2008 e 2009. O ministro esteve presente para averiguar a primeira etapa deste projeto. Foram confeccionados mapas das áreas da Floresta da Tijuca e do seu entorno mostrando as mudanças ocorridas no período de um ano.

O resultado foi positivo. De acordo com Felipe Guanes Rego, coordenador no Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (Nima), apenas uma árvore foi cortada na área interna do Parque da Tijuca. Segundo ele, foi para a construção de uma guarita de vigilância. A preocupação está no entorno. Devido ao processo de favelização e às construções irregulares, foram identificados mais de 500 pontos de desmatamento. Guanaes Rego salienta que agora com os mapas em mãos, eles devem servir de instrumentos para auxiliar na fiscalização.

– Espero que consigamos transformar esses dados em resultados positivos para a cidade - afirmou.

 Mauro Pimentel

O ministro Carlos Minc ressaltou que essa metodologia desenvolvida pelo Nima será aplicada futuramente em toda cidade. Além disso, o ministro ressaltou a importância da ampliação da área dos chamados Mosaicos da Mata Atlântica.

– Não adianta pequenas manchinhas de verde no mapa. Elas precisam formar arquipélagos. Isso acontece com a criação de corredores ecológicos, promovendo o reflorestamento e a recuperação de áreas ilegais – explicou Minc.

O próximo passo é a leitura e interpretação automática dos resultados obtidos por meio das imagens aéreas, pelo software desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Elétrica da PUC-Rio. Dessa forma, os órgãos de fiscalização ambiental do Rio de Janeiro poderão monitorar a ocupação irregular e a situação de retração das florestas.

Para o reitor da universidade, Padre Jesus Hortal, S.J., uma universidade ambientalmente responsável deve pensar no futuro. O reitor lembra que o campus está inserido na Mata Atlântica e que estamos muito próximos da Floresta da Tijuca.

– Embora seja um projeto para o estado, é também um projeto para nós – concluiu o reitor.