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Rio de Janeiro, 5 de maio de 2024


Campus

Lojistas lutam contra as férias do consumo

Bianca Baptista - Do Portal

19/01/2010

Mauro Pimentel

Passado o movimento frenético de fim de ano, lojas apostam em liquidações conjuntas e no reaquecimento de economia para manter o ritmo das vendas em janeiro e fevereiro – meses marcados pela concentração de despesas, como IPTU e IPVA, e pela queda no consumo. Para Christian Travassos, economista da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), o comprador não vai tirar férias:

– O aumento no consumo de 2,8% em dezembro, em relação ao mesmo período de 2008, deve continuar em janeiro. As liquidações em conjunto, com opções de parcelamento, são o grande atrativo das lojas.

De acordo com pesquisa realizada pela Fecomércio-RJ em dezembro, na Região Metropolitana do Rio, houve um aumento na renda destinada aos presentes: R$ 188, contra R$ 175 gastos em 2008. Cerca de 65% das compras feitas no último mês foram parceladas em cartão de crédito. Os pagamentos à vista somaram 33%.

Lojistas do Shopping da Gávea contestam a animação dos números oficiais. Vanessa Delgado, vendedora da Nativa, por exemplo, contava com um volume de vendas superior no ano passado:

– Esperava mais de 2009. Pelo menos o movimento das vendas de dezembro se manteve em janeiro, acredito por causa da liquidação.

Mauro Pimentel Nesse início de ano, os descontos são o carro chefe para atrair clientes. Variam de 30% a 70%. Às promoções, somam-se as opções de lazer e gastronomia, lembra Marilene Grezak, gerente da papelaria Norwich:

– Os restaurantes, cinemas e teatro são essenciais para levar as pessoas ao shopping.

Férias limitam negócios no campus

Para comerciantes do campus da PUC-Rio, férias são sinônimo de prejuízo. Funcionários de lanchonetes, restaurantes, lojas calculam que o movimento cai até 90% neste período. 

– Nas férias, registramos, em média, 45 consumidores por dia – estima Luis Cláudio Cardoso, do Mr. Ali.

Alguns comércios, como o Japaway, recorrem à publicidade para estimular o consumo. Segundo a supervisora Aline Santos, a panfletagem pela Gávea é estratégica:

– Estamos com cerca de quatro pedidos pela manhã, o que, para as férias, é muito.

Mauro Pimentel Já a supervisora dos restaurantes Eruditus, Na Medida e Yogocream, Mercedes Reis, aposta em brindes e na comunicação em redes sociais:

– Com o blog e o twitter, sorteamos brindes de cookies, combos e iogurtes, e informamos novidades.

A loja Pilotis aproveita a proximidade com o Diretoria de Admissão e Registro (DAR) para transformar em lucro as boas vindas aos calouros. Segundo a atendente Maria Isabel Paulino, já está aberta a alta temporada da venda de blocos:

– Estamos vendendo muitos blocos, blusas, cadernos com o símbolo da PUC para novos alunos e pais.

Outros estabelecimentos, como o Bar das Freiras e os restaurantes Gourmet e Couve-Flor optaram por fechar em parte do período de recesso. O Couve voltou a funcionar só no dia 11 de janeiro, com horário reduzido (12h às 15h).

A Carga Nobre também reduziu o horário de funcionamento. Abre das 10h às 19h, de forma compatível ao fluxo de clientes limitado pelas férias, justifica o gerente Aldevino Fernandes. Apesar de menor, o movimento continua “bom”, diz ele. Os artigos mais procurados?

– O pessoal vem procurar leituras lights para o período de férias. Romance, ficções em geral são os mais pedidos – conta Aldevino.