Debates e trocas de experiências sobre práticas de comunicação capazes de ajudar na promoção de uma cultura de solidariedade e de uma sociedade mais justa, livre e comprometida com a paz. Este é o objetivo do Mutirão de Comunicação América Latina e Caribe, organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pelo Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) e pela Organização Católica Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (OCLACC). O evento acontecerá do dia 3 ao dia 7 de fevereiro de 2010, na PUC-RS, em Porto Alegre,  e reunirá 37 países. Nos dias 2 e 3, haverá o Encontro de jovens comunicadores. Entre os convidados, estão pesquisadores, profissionais da comunicação, agentes de pastoral e todos os interessados na reflexão sobre o assunto.

Entre os temas a serem debatidos estão os novos cenários políticos e processos de comunicação, a economia e a comunicação na era digital e a comunicação no intercâmbio das culturas. O encontro pretende promover um diálogo sobre o presente e o futuro das relações entre a mídia e a sociedade. Nesse contexto, a comunicação ganha papel decisivo.  A partir da influência social que o comunicador exerce, o Mutirão pretende mostrar aos profissionais sua importância na busca por uma sociedade mais justa e uma cultura solidária.

Para o padre Marcelino Sivinski, Coordenador Geral do Mutirão de Comunicação América Latina e Caribe, esta é uma oportunidade ainda mais interessante para os alunos de Comunicação.

 –  É a chance de estudantes estarem em contato direto com grandes nomes da comunicação na América Latina. Além deles, todos estão convidados a participar desse evento, que não é apenas um encontro ecumênico ou acadêmico. O que vamos debater interessa a todos – afirmou.

Durante os quatro dias, a programação será diversificada. Os participantes poderão assistir a filmes nacionais premiados pela CNBB, participar de conferências, seminários, conferir as exposições de arte, entre outros. Ao final do encontro, será elaborado um documento baseado nas conferências e estudos realizados durante o Mutirão. A Carta de Porto Alegre será uma referência para orientar a elaboração de políticas e propostas de ação comunicativa na busca por uma sociedade livre, participativa e democrática.

O padre Sivinski ainda não sabe a repercussão que o encontro terá, mas espera que não seja o último.

 –  Não posso dizer que este é o primeiro Mutirão, porque ainda não posso garantir o sucesso do evento. Mas espero que não seja o último, já que este tema é muito importante e atual – declarou.

O Mutirão de Comunicação América Latina e Caribe vem sendo ocorrendo desde 2008. Nos países participantes, foram organizadas atividades preparatórias como intercâmbio de experiências, produção de material para reflexão e debates.

Os interessados podem se inscrever pelo site do Mutirão de Comunicação, mediante pagamento de uma taxa.