A diversidade religiosa é uma realidade brasileira. Católicos, evangélicos, judeus, budistas, mulçumanos e candomblecistas compartilham pacificamente o mesmo território. No último dia 20, representantes de correntes variadas se reuniram em uma caminhada para a defesa da liberdade de crenças. A partir desta quarta-feira, 30, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) promove um seminário sobre o papel do Estado, dos meios de comunicação e da educação para a proteção e promoção à tolerância religiosa.
A pluralidade de crenças é resultado da diversificada colonização e da própria cultura nacional. Para a professora do Departamento de Teologia Lina Boff, o povo brasileiro, mestiço, possui uma índole religiosa e mística.
– A diversidade fala abertamente da necessidade do ser humano ter uma religião. Todas as pessoas estão atribuídas a uma divindade que lhe passe valores do bem e de segurança.
A estudante de Publicidade Paula Gil credita aos movimentos a favor da liberdade religiosa grande importância para a sociedade.
– Eles nos lembram da existência de várias crenças, mesmo em um mundo contemporâneo, onde a maioria das pessoas não tem tempo para se dedicar a uma religião.
Segundo Lina, a busca do ser humano pelo sagrado se manifesta através de ritos, gestos e cultos. Ela afirma que o homem nasce religioso e, ao longo da vida, desenvolve uma tendência natural à fé, que adquire o posto de referência pessoal.
– Os valores transmitidos pela religião são muito importantes para o ser humano. Porém, é preciso ressaltar que nenhuma crença tem a verdade e os valores plenos. Elas buscam, mas nenhuma consegue chegar à verdade absoluta.
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