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Rio de Janeiro, 20 de abril de 2024


Cidade

Dia Mundial Sem Carro não mobiliza população

Bianca Baptista e Bruna Smith - Do Portal

22/09/2009

 Divulgação/Beth Santos

Para a decepção dos engajados ecologicamente, as ruas do Rio de Janeiro continuaram cheias de automóveis, que circularam normalmente, em pleno Dia Mundial Sem Carro. Na PUC-Rio, o cenário não foi diferente: às 8h, carros faziam fila para entrar no estacionamento, já lotado, que possui 840 vagas.

Segundo José Maria, chefe do Parqueamento, após esse horário, as pessoas esperaram cerca de uma hora para conseguir uma vaga.

- É impressionante. Pelo menos 50 carros desta fila são de pessoas que estão sozinhas. Já tentamos fazer uma campanha para que se desenvolvesse o hábito da carona, mas não teve muito sucesso. – lembra.

Às 10h, as câmeras da CET-Rio registravam transito lento na Av. Ayrton Senna no sentido Zona Sul. No Centro da Cidade, mesmo com a proibição de estacionamento na Avenida Presidente Antônio Carlos e nas ruas Assembléia e Rio Branco, o tráfego também estava lento na região das ruas Camerino e Senador Pompeu.

 Lucas Landau

O engenheiro civil Joseilson Barros assume que sabia da campanha, mas diz que não havia condições de ir para o trabalho sem carro:

- Eu moro na Barra da Tijuca e circulo o dia inteiro pela cidade. Não tinha como vir de ônibus para a Zona Sul. O meio de transporte público é precário e não existe metrô na Barra.

Já a estudante Juliana Noite, do 4º período de Comunicação Social da PUC-Rio, alega que veio para a universidade de carro por ser mais confortável:

- Eu moro longe e nem passou pela minha cabeça vir de ônibus. Acho que esta campanha não vai funcionar. As pessoas não se mobilizaram e o trânsito na Barra está caótico.

Contudo, houve aqueles que aderiram à causa e deram o exemplo. Como prometido, o prefeito Eduardo Paes saiu às 6h da Gávea pequena e seguiu em direção ao gabinete da prefeitura, em Botafogo.

Na PUC-Rio, o bicicletário, que possui 90 vagas, continuou com os mesmos frequentadores de sempre. Celsius Leal, de 40 anos, é um deles. Ele utiliza o meio verde de transporte há quatro meses. Para o ciclista, esse tipo de iniciativa do governo não vai ter adesão enquanto a população não se interessar.

De acordo com o segurança da PUC-Rio, Ricardo Rocha, a circulação de carros na região aumentou:

- Percebi que há mais carros transitando em frente à PUC. A fila do estacionamento comprova esse fato. - lamenta.