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Rio de Janeiro, 4 de maio de 2024


Campus

Lanchinhos reúnem jovens de várias 'tribos'

Clarissa Pains - Do Portal

24/08/2009

Lucas Landau

Desde sanduíches no pão a metro até aperitivos de comida japonesa (curiosamente lado a lado nos pilotis do Ed. Kennedy), o cardápio de lanches da PUC-Rio é variado. A novidade da volta às aulas, YogoCream, se transformou rapídamente em ponto de encontro.

A estudante do 2° período de Engenharia de Produção Mariana Goulart já gostava da iguaria antes de passar a ser vendida na universidade. Agora, ela conta que o iogurte com cara de sorvete faz parte de sua rotina:

– Já estou viciada. Só que prefiro com cerejas e eles não colocam. Mas, mesmo assim, adoro – afirma. – Nunca como sozinha. Quando é preciso, “arrasto” alguém para comer comigo. Tomo pelo menos um todos os dias desde que a YogoCream abriu. Já se tornou um hábito, mesmo no frio.

Os lanchinhos são parte do cotidiano dos estudantes. Às vezes, passam o dia inteiro movidos a essas refeições, nem sempre rápidas ou baratas. Os que preferem alimentos naturais têm como opção o Mr. Ali Cafeteria. Já os que não resistem a uma comida mais calórica encontram nas barraquinhas à entrada da PUC-Rio um prato cheio.

Juliana Moraes, aluna do 3° período de Comunicação Social, come quase todos os dias nestes quiosques. A estudante, embora magra, revela sua preferência por alimentos nada leves:

– Costumo comer folhado, hambúrguer de carne e cheddar, nunca integral, ou biscoito Fofura, sempre acompanhado de Coca. Gosto de comida que engorda.

De acordo com estudos de hábitos alimentares, o modo de comer diz muito não apenas sobre o tipo de alimento como também sobre a pessoa que o ingere. Juliana conta que lancha bem devagar e, de preferência, nunca sozinha. Isso é prova de que o momento do lanche ocupa posição social privilegiada no mundo jovem. As estudantes Sabrina Rodrigues, Carolina Serebrenick e Maitane Moniz, todas do 6º período de Psicologia, confirmam a tese:

– Sempre costumamos nos reunir para lanchar – conta Sabrina. – Preferimos as barraquinhas porque é mais barato e o ambiente é informal.

O campus também oferece opções um pouco mais sofisticadas para quem, como Júlia Nakamura, do 2º período de Direito, gosta de lanches menos calóricos:

– Costumo comer misto quente e tomar suco de laranja, no Couve Café; mini esfirras, no Mr. Ali; e empadas integrais, na Casa da Empada – afirma.

 Lucas Landau 

Os quiosques nos entornos da PUC-Rio ganham nos quesitos preço e casualidade, mas há aqueles universitários que dão mais valor à tradição. Natalia Nagem, do 3º período de Comunicação Social, prefere não variar. É cliente assídua do Couve Café, onde sempre come empada de camarão. A aluna garante: “nunca comi outra coisa”. Para ela, em algumas oportunidades, o lanche é apenas um pretexto para a reunião de amigos.

– Já que não estamos juntos em todas as aulas, os intervalos são o momento em que lanchamos e conversamos, é uma hora de encontro – diz.

Os já tradicionais cookie e brownie do Eruditus fazem a festa de vários estudantes. Etty Almosny, do 2º período de Comunicação Social, não recusa a pedida. Ela também conta que adora comida japonesa e lancha no Japa Way cerca de duas vezes por semana.

Há, no entanto, aqueles que encaram o momento do lanche como uma experiência individual. Felipe Pottino, aluno do último período de Engenharia de Produção, se enquadra nesta categoria. Ele come cachorro-quente no Fast Way quase todos os dias. Porém é raro estar acompanhado.

– Como sozinho porque é mais rápido. Estou sempre correndo, então minhas refeições têm que ser bem ligeiras – explica.

De modo geral, grande parte dos estudantes opta pela diversidade oferecida. Julia Lima, aluna do 5° período de Psicologia, é uma das que comem nos lugares mais variados: Mr. Ali, barraquinhas do lado de fora, Eruditus, Casa da Empada. Ela garante que já provou a maioria dos quitutes oferecidos no campus.

– Lancho duas vezes por dia, de segunda a sexta. – conta a estudante. – Mais do que a comida ou o lugar, o importante é que a hora do lanche seja agradável e descontraída.