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Rio de Janeiro, 4 de maio de 2024


Campus

Coordenadores da PUC-Rio discutem a pós-graduação

Luigi Ferrarese - Do Portal

07/08/2009

Luigi Ferrarese

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) apresentou, na PUC-Rio, nesta quinta-feira, 6, as diretrizes de sua pesquisa sobre todas as instituições de pós-graduação do país. O diretor de Avaliação da entidade, o físico Lívio Amaral, explicou aos coordenadores dos cursos de mestrado e doutorado da Universidade como pretende que eles orientem seus professores no preenchimento dos formulários e de que maneira eles podem se beneficiar do estudo, que é feito regularmente desde 1976.

A Capes realiza anualmente a pesquisa, mas a organiza por triênios. Em 2010, serão divulgados resultados e conclusões sobre o período 2007-2009. As dificuldades para organizar uma empreitada deste porte são muitas. Há cerca de 4400 cursos de pós-graduação no Brasil e todos são contemplados. Os dados ajudam a avaliar a qualidade dos cursos, mas os métodos nem sempre são aprovados pelos representantes das universidades.

No encontro na PUC-Rio, coordenadores dos cursos de pós-graduação questionaram principalmente o caráter universalizante da proposta. Segundo eles, cada área tem suas próprias especificidades e tentar hierarquizar todos os cursos sob um mesmo modelo cria distorções inevitáveis.

- É preciso respeitar o direito à diferença – ressalta a professora Margarida de Souza Neves, coordenadora de Pós-Graduação do Departamento de História.

Um aspecto claro de distinção entre as áreas de conhecimento é o peso que cada uma delas dá a certos tipos de publicação. Algumas valorizam mais os periódicos; outras, os livros. Amaral reconhece as distorções do processo. Ainda assim, acredita na necessidade de se manter a iniciativa e aprimorá-la a cada ciclo.

- O que estou propondo é desmistificar um pouco essa expectativa, porque nem tudo é realizável – garante.

Muitos dos obstáculos enfrentados são técnicos. Coletar tal quantidade de dados e organizá-los de maneira eficiente requer um processo trabalhoso. Até o momento, a análise da pesquisa do ano de 2007 não foi concluída. A lentidão, lamentada pelos professores, também preocupa o diretor do Capes.

- Eu gostaria que o sistema fosse mais veloz. No entanto, preciso trabalhar dentro das nossas possibilidades – afirma.