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Rio de Janeiro, 23 de abril de 2024


Mundo

Corpo de ex-aluno da PUC-Rio é encontrado no Maláui

Carolina Barbosa e Luísa Sandes - Do Portal

05/08/2009

 Arquivo Pessoal

Na manhã desta quarta-feira, 5, foi encontrado o corpo do economista brasileiro Gabriel Buchmann, 28 anos, no Maláui, África. A informação foi transmitida pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) ao Itamaraty, que comunicou a família por volta das 13h. O corpo será removido por um helicóptero alugado pelos parentes. Em seguida, levado para uma base ao pé da montanha onde foi encontrado. Lá, serão realizados exames para esclarecer a causa da morte. Ainda não há informações sobre o traslado para o Brasil.

No último dia 17, Gabriel desapareceu ao escalar o Monte Mulanje, no Maláui, região centro-sul da África. O economista havia dispensado o guia local para subir a montanha sozinho. Ele se preparava para começar um doutorado na Universidade da Califórnia (UCLA) sobre Economia da Pobreza e passou por sessenta países da Ásia, Oriente Médio e África com o objetivo de conhecer de perto a vida desses povos. Viajava de carona e instalava-se em casas de família. Em troca, colaborava com as despesas.

Gabriel, que fez mestrado na PUC-Rio e trabalhou no Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, deveria voltar de viagem no dia 28 de julho. Nesta data, família e amigos fizeram uma manifestação na praia de Ipanema, como forma de arrecadar doações e pedir ajuda às autoridades brasileiras. O objetivo era intensificar as buscas, já que, até então, apenas um helicóptero havia sido disponibilizado pelo Itamaraty, órgão responsável pela assistência aos brasileiros no exterior.

Na reunião da família de Gabriel com o Itamaraty, na quarta-feira, 29, o órgão se colocou à disposição para contratar mais um helicóptero. As buscas foram realizadas em dois grupos, um pelo ar e outro por terra. Este último encontrou o corpo do economista. Onze voluntários da corporação de bombeiros brasileiros haviam chegado ao Maláui para ajudar nas buscas.

Um dos países mais pobres do mundo, o Maláui era a última escala da rota de Gabriel. Desde seu desaparecimento, pessoas próximas ao economista criaram o blog Ajude Gabriel Buchmann, para receber doações e notícias.