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Rio de Janeiro, 7 de maio de 2024


País

Nova gripe: cuidados sem exagero e sensacionalismo

Bianca Baptista e Rafaella Mangione - Do Portal

28/07/2009

Lucas Landau

Orientar sem alarmar. Este é o pedido dos especialistas à imprensa. Na semana passada, com o primeiro teste em humanos da vacina contra o vírus H1N1 na Austrália, a população mundial teve um momento de alívio depois de quatro meses de tensão. Entretanto, o Ministério da Saúde e infectologistas afirmam que não deveria haver pânico em torno da nova gripe, pois o vírus tem baixa taxa de letalidade, cerca de 0,45%, mesmo na estação mais fria do ano.

Segundo o médico epidemiologista Eduardo Carmo Hage, diretor da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, em entrevista ao site Vi o mundo, somente o grupo de risco deve procurar um hospital. Nele, estão crianças menores de dois anos, pessoas maiores de 60, gestantes, indivíduos com imunodepressão, entre eles, diabéticos, cardiopatas e pacientes com obesidade mórbida.

Enquanto isso, os hospitais ficam lotados devido ao medo e à falta de informação da população. Porém, como o próprio site do Governo do Estado do Rio de Janeiro (www.riocontragripea.com.br) afirma, o vírus da gripe A já existia, e teve sua primeira epidemia em 1889, quando 300 mil pessoas, a maioria idosos, morreram devido a complicações. Em seguida, outras variantes do agente infeccioso surgiram, como o da gripe espanhola (1918), gripe asiática (1957) e, mais recentemente, a gripe aviária, em 2003, que afetou somente parte da Ásia.

Em decorrência desse histórico, médicos como o doutor Marcos Boulos, diretor do curso de Medicina da Universidade de São Paulo, aconselham a procura de um especialista somente a pessoas que apresentarem sintomas mais graves, como falta de ar. Na entrevista ao programa Globo News Painel, ele afirmou que para o restante da população, analgésicos, anti-térmicos e vitamina C podem ser formas de combate à gripe comum.

O clima frio propicia o aparecimento de doenças respiratórias. Na cidade de Vacaria, no Rio Grande do Sul, a temperatura atingiu, no último sábado, -6,3°C, e foi a mais baixa do ano no país. Devido ao inverno rigoroso e à proximidade com a fronteira da Argentina, do Paraguai e do Uruguai, o estado é um dos que mais sofrem com a nova gripe.

Para dúvidas, o Governo do Estado do Rio de Janeiro criou o Disque gripe - 0800 2810100 - com horário de funcionamento todos os dias, de 6h às 23h30min.