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Rio de Janeiro, 16 de abril de 2024


Esporte

Massa apresenta melhoras e surpreende os médicos

Clarissa Pains, Paula Araujo e Yasmim Rosa - Do Portal

27/07/2009

Agência Brasil

Após uma nova ressonância magnética feita hoje pela manhã, foi constatada a diminuição do edema no cérebro do piloto e também do inchaço no olho esquerdo. Massa também andou ao redor da cama e conversa mais tempo do que o esperado. O piloto deixou a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) nesta manhã, o que já era esperado. De acordo com Dino Altmann, médico particular da família, a visão do piloto não está comprometida e Massa poderá voltar a correr.

Na manhã de segunda-feira, 27, em entrevista coletiva à imprensa em Budapeste, na Hungria, o Dr. Robert Veres, que operou o piloto Felipe Massa, afirmou que o acidente poderia ter tido consequências mais sérias do que se pensara inicialmente. Apesar de ser cedo para garantir qualquer resultado, os médicos se surpreendem com a recuperação de Massa, que poderá ser transferido para uma clínica em Paris ainda nesta semana.

O brasileiro também passou por exames clínicos e uma tomografia no dia 28. Após ter apresentado melhoras no quadro de saúde, foi retirado do coma induzido. O neurocirurgião Paulo Niemeyer declarou no último dia 26, em entrevista ao Fantástico, que a maior preocupação são as lesões tardias. Para ele, a contusão inicial não foi grave e, por isso, não deve gerar sequelas.

O acidente aconteceu durante o treino para o GP da Hungria, no sábado, 25. Uma mola, localizada em cima da caixa de câmbio do carro de Rubens Barrichello, da equipe Brawn, se desprendeu e atingiu, a uma velocidade de aproximadamente 200 km/h, o capacete do piloto Felipe Massa. O brasileiro desmaiou, se chocou contra a barreira de proteção e foi levado para o Hospital Militar de Budapeste.


PUC-Rio expressa solidariedade

“Ele tinha chances de se igualar ao Senna, de ser um dos melhores da Ferrari. Esse acidente, com certeza, vai atrapalhar um pouco sua carreira, mas não acredito que seja o fim.”- Marcelo Vasconcelos, 5° período de Comunicação Social.

Lucas Landau 

 

 “Talvez, tenha havido falta de segurança e revisão no carro do Rubinho. Acredito que o estado de saúde de Massa seja estável e que ele vá ficar bem”- Monalisa Marques, 6° período de Comunicação Social.

“Como todo brasileiro, espero que ele se recupere e retome a carreira rapidamente.”- Pablo Musa, 11° período de Engenharia da Computação.

 

Outros acidentes

A consternação que envolveu fãs, familiares e a sociedade em geral não é novidade. O esporte, que tem a velocidade como principal característica, já testemunhou diversos graves acidentes ao longo da história.

Caso semelhante ao de Massa ocorreu na semana anterior, com consequências ainda piores. Durante a disputa do campeonato de Fórmula 2, o piloto Henry Surtees foi atingido por um pneu que se soltou do carro de Jack Clarke, na disputa da segunda bateria da etapa de Brands Hatch, na Inglaterra, no domingo, 19. Surtees também perdeu o controle do automóvel e bateu na mureta de proteção em alta velocidade. O piloto não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Outros pilotos brasileiros já foram vítimas de graves batidas. O mais impactante ocorreu em 1° de maio de 1994. No GP de San Marino, Ayrton Senna chocou-se com violência contra o muro da curva Tamburello. Foi levado ao hospital, mas faleceu, um dia após a morte do austríaco Roland Ratzenberger, no mesmo circuito. Barrichello havia sofrido no mesmo fim de semana o acidente mais grave de sua carreira. Ao entrar muito veloz numa curva à esquerda, o carro passou por cima da zebra, decolou, bateu contra a barreira de pneus e capotou duas vezes.

O circuito de Imola, em San Marino, já havia sido palco de outros acidentes. Entre eles, o de Nelson Piquet. Em 87, ele perdeu o controle do carro na mesma curva que vitimou Senna. Em 89, o austríaco Gerhard Berger também bateu no mesmo local. Seu carro pegou fogo e sua vida foi salva graças à agilidade dos fiscais de pista em apagar as chamas.

Em 96, durante as 500 milhas de Michigan, pela Fórmula Indy, o brasileiro Emerson Fittipaldi bateu no muro de proteção, após ter se chocado contra o carro do canadense Greg Moore, em Michigan, EUA. O acidente deu fim à sua carreira.