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Rio de Janeiro, 7 de maio de 2024


País

PUC-Rio debate segurança pública

Paula Araujo - Do Portal

21/07/2009

 Paula Araujo

Estimular atividades culturais que envolvam a parceria entre os agentes de segurança e a sociedade civil e aumentar a fiscalização das fronteiras e das campanhas para redução do comércio e tráfico de armas. Essas são algumas das diretrizes que podem fazer parte da política de segurança pública nacional. As sugestões não vieram de governantes, mas de estudantes e membros da comunidade PUC-Rio. Eles se reuniram no dia 19 de junho, na Universidade. A Conferência Livre de Segurança Pública foi uma iniciativa do DCE e teve o apoio do Programa Nacional de Segurança Pública, o Pronasci.

O objetivo do encontro foi propor princípios e ideias para o setor. As diretrizes debatidas serão encaminhadas à I Conferência Nacional de Segurança Pública, de 27 a 30 de agosto, em Brasília. Os governantes discutirão as propostas mais viáveis, com a intenção de transformá-las em políticas públicas de segurança.

Segundo a assistente social Aretuza de Paula, do Pronasci, a iniciativa representa uma boa oportunidade para o exercício da cidadania.

- Qualquer pessoa pode fazer este tipo de conferência e intervir diretamente na política nacional, contanto que siga o texto-base elaborado pelo Ministério da Justiça - explica.

Na mesa de discussão estavam o secretário municipal de Segurança Pública de São Gonçalo, Paulo Storani, o deputado estadual e professor da PUC-Rio Alessandro Molon, o professor do Departamento de Sociologia da PUC-Rio Ricardo Ismael e o coordenador geral do Centro Cultural A História que eu Conto, Samuel Muniz, o Samuca.

- Nós não queremos uma polícia que  atue com despreparo ou praticando crimes, aquela de que todos têm medo. É preciso aproximá-la da população e recuperar seu respeito. Esse tipo de encontro é importante para promover o debate público e a conscientização da sociedade – declarou Molon.

Storani expressou seu pensamento a respeito da omissão social com uma citação do escritor Lima Barreto:

-"O Brasil não tem povo, tem público". Enquanto nós continuarmos calados diante da situação, a violência não vai ter fim. Estamos engatinhando nesta área, com políticas ainda ineficazes de enfrentamento.