Estimular atividades culturais que envolvam a parceria entre os agentes de segurança e a sociedade civil e aumentar a fiscalização das fronteiras e das campanhas para redução do comércio e tráfico de armas. Essas são algumas das diretrizes que podem fazer parte da política de segurança pública nacional. As sugestões não vieram de governantes, mas de estudantes e membros da comunidade PUC-Rio. Eles se reuniram no dia 19 de junho, na Universidade. A Conferência Livre de Segurança Pública foi uma iniciativa do DCE e teve o apoio do Programa Nacional de Segurança Pública, o Pronasci.
O objetivo do encontro foi propor princípios e ideias para o setor. As diretrizes debatidas serão encaminhadas à I Conferência Nacional de Segurança Pública, de 27 a 30 de agosto, em Brasília. Os governantes discutirão as propostas mais viáveis, com a intenção de transformá-las em políticas públicas de segurança.
Segundo a assistente social Aretuza de Paula, do Pronasci, a iniciativa representa uma boa oportunidade para o exercício da cidadania.
- Qualquer pessoa pode fazer este tipo de conferência e intervir diretamente na política nacional, contanto que siga o texto-base elaborado pelo Ministério da Justiça - explica.
Na mesa de discussão estavam o secretário municipal de Segurança Pública de São Gonçalo, Paulo Storani, o deputado estadual e professor da PUC-Rio Alessandro Molon, o professor do Departamento de Sociologia da PUC-Rio Ricardo Ismael e o coordenador geral do Centro Cultural A História que eu Conto, Samuel Muniz, o Samuca.
- Nós não queremos uma polícia que atue com despreparo ou praticando crimes, aquela de que todos têm medo. É preciso aproximá-la da população e recuperar seu respeito. Esse tipo de encontro é importante para promover o debate público e a conscientização da sociedade – declarou Molon.
Storani expressou seu pensamento a respeito da omissão social com uma citação do escritor Lima Barreto:
-"O Brasil não tem povo, tem público". Enquanto nós continuarmos calados diante da situação, a violência não vai ter fim. Estamos engatinhando nesta área, com políticas ainda ineficazes de enfrentamento.
Analistas pregam transigência para resguardar instituições
"Pará é terra onde a lei é para poucos", diz coordenador do CPT
Sem holofotes do legado urbano, herança esportiva dos Jogos está longe do prometido
Rio 2016: Brasil está pronto para conter terrorismo, diz secretário
Casamento: o que o rito significa para a juventude
"Jeitinho brasileiro se sobrepõe à ideia do igual valor de todos"