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Rio de Janeiro, 6 de maio de 2024


Campus

Celebração reúne amigos e familiares de Marcelo Saddi

Carolina Barbosa - Do Portal

10/06/2009

Carolina Barbosa

Agradecimentos marcaram a Missa de Sétimo Dia por Marcelo Saddi, vítima de um atropelamento no dia 3 de junho. Na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, no campus da PUC-Rio, a família do ex-voluntário do Núcleo de Estudos e Ação sobre o Menor (Neam) agradeceu o carinho recebido. O reitor Pe. Jesus Hortal Sánchez, S. J., que celebrou a cerimônia para cerca de 150 pessoas, ressaltou a importância da fé em momentos como esse:

– É preciso ter fé para seguir em frente. A missa não é uma homenagem a ele [Saddi], mas uma invocação e proclamação de Deus, uma vivência da fé, e um caminho para a ressurreição.

O reitor lembrou que o ex-voluntário era muito querido pelos colegas de universidade: 

– Marcelo nos deixa saudade. Durante vários anos, ele trouxe esperança para crianças do Neam. Todo o trabalho por ele desenvolvido fez com que suas vidas melhorassem de algum modo.

Emocionada, a filha Monica Saddi leu uma mensagem de agradecimento. Disse que Marcelo era um "grande amigo, além de ótimo pai. "Um exemplo de vida". Leu também um cartão que sua mãe, Maria Luiza, de 75 anos, escrevera para o marido em 1973. Na mensagem, ela descrevia situações cotidianas "que fazem da vida uma aventura".

Para a viúva, que foi professora da PUC-Rio no antigo Departamento de Educação Artística, a universidade era o "lugar ideal para a homenagem".

– Esta missa só poderia ser celebrada pelo padre Jesus, que é muito próximo de nós, e aqui no campus. Esse ambiente da PUC é muito significativo para a família e para o Marcelo, que vivia passeando aqui. Temos muitos amigos na universidade.

Monica observou que a união da família é muito importante "neste momento de consolação":

– Estamos muito unidos, nos consolando, esperançosos e agradecendo o apoio de todos. Cada pessoa que chega para falar comigo diz algo mais bonito. Descobri que mau pai era muito querido por pessoas que eu sequer conhecia. Isto mostra que a grandeza da vida humana é muito maior do que imaginamos.

Marcelo Saddi foi atropelado por um ônibus da linha 435 (Gávea-Grajaú) na Avenida Padre Leonel Franca, em frente à Universidade, quando atravessava a rua para comprar biscoitos. Ele foi voluntário do Neam há cerca de onze anos, após uma carreira como empresário da indústria de confecção. Deixou três filhas e quatro netos.