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Rio de Janeiro, 26 de abril de 2024


Cultura

Dez contos de humor na PUC-Rio

Paula Araujo - Do Portal

20/05/2009

Luigi Ferrarese

Um encontro divertido e bem-humorado atraiu quem passava em frente à sala 102-K, na PUC-Rio. O espaço ficou superlotado de estudantes, curiosos pelas dicas de humoristas consagrados como o cartunista e roteirista do programa Casos e Acasos, Zé Dassilva, e o criador do espetáculo Comédia em Pé, Cláudio Torres Gonzaga. Eles fazem parte do grupo de escritores do livro Dez contos de humor, editora Mirabolante, lançado na última terça-feira,19. Também estavam presentes outros dois dos dez autores da obra: a cantora e cronista Patrícia Mellodi e o diretor de televisão Márcio Trigo. Eles debateram sobre o humor na televisão. Todos mostraram que é preciso estar atento aos detalhes do cotidiano para dele extrair piadas e situações inusitadas.

O livro é o primeiro de uma série, sempre com dez autores escrevendo sobre um tema. Depois do humor, será a vez dos contos policiais, de terror, de amor e por aí vai.

O debate serviu para estabelecer conceitos e variações do humor. De acordo com Patrícia, só  faz sucesso na área, quando se estabelece uma ligação direta com o dia-a-dia, quando há uma identificação.Cláudio Torres concorda:

- Se o escritor deixa de sair, de se divertir, de viver, ele esgota sua fonte de piadas. A matéria-prima da comédia é a vida real.

Torres conta que o gênero é difícil, algo muito pessoal e de julgamento imediato.

- O que se considera engraçado passa por uma variação muito grande. Depende das convicções e opiniões de cada um.

Quando o humor vai para a televisão, a dificuldade fica ainda maior.

- O roteirista de TV é alguém que faz os outros rirem e nunca aparece. O público em geral não imagina que existe um autor das piadas, ele acha que o personagem as inventa. Isso aumenta nossa responsabilidade - diz Torres.

Para Patrícia, ao contrário do que se pensa, o humorista tem que ser uma pessoa informada e inteligente.

- O senso comum acredita que a graça está no que é desembasado. Isso não é verdade. Tem que ter cultura, informação e embasamento - opina.