O Centro de Vida Independente do Rio de Janeiro (CVI-Rio) mantém-se, desde 1988, como um emblema das ações sociais oferecidas pela universidade. Com o objetivo de transformar o portador de necessidades especiais em "protagonista de sua própria vida", como observa a diretora-executiva Vanessa Goulart, a organização civil atua em seis áreas, que incluem, por exemplo, oficinas de tecnologia e empregabilidade. 

Vanessa conta que o diferencial é o tratamento personalizado, para avaliar a melhor solução de acordo com o problema de cada um. Ela ressalta a importância de assegurar igualde social às pessoas portadoras de necessidades especiais:

– Queremos propiciar o fortalecimento pessoal e melhorar a representatividade delas na sociedade. Oferecemos consultorias para preparar o ambiente da cidade e das empresas. Também empreendemos campanhas para mudar o olhar da comunidade para a diversidade.

O programa de empregabilidade oferecido busca inserir o portador de necessidades especiais nas empresas de uma maneira integral. Com base nesta proposta, o CVI-Rio reúne serviços como consultoria para o setor de recursos humanos, palestras para funcionários de organizações e qualificação profissional. 

O Centro de Vida Independente está desenvolvendo um projeto piloto com o Metrô Rio, que empregará 30 pessoas. Para inscrever o currículo, deve-se ligar para o número 25121088 ou mandá-lo para o e-mail cvirh@cvi.puc-rio.br.

A oficina de tecnologia oferece um serviço voltado à qualidade de vida no dia a dia. A partir da necessidade de cada pessoa, especialistas criam um equipamento que se adapta ao corpo e melhora a autonomia do portador de necessidades especiais.

Ivana Cordier participa do CVI há 10 anos, desde que sofreu um acidente que a deixou paraplégica. O programa, diz ela, ajudou-a a redescobrir o corpo, por meio de atividades físicas e apoio psicológico. A iniciativa também ajudou Ivana a conseguir o emprego de gestora do SAC da Petrobras.

– É muito importante o convívio com a sociedade. A nossa campanha diária é sair na rua e mostrar aos outros que também podemos frequentar teatros e cinemas. Nada é impedimento para mim.