Projeto Comunicar
PUC-Rio

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Rio de Janeiro, 27 de julho de 2024


País

Por dentro das rádios comunitárias

Rodrigo Vasconcellos - Do Portal

08/11/2007

Rádio comunitária... você ainda vai ter uma! Nos últimos dez anos milhares delas surgiram país afora, e continuam a se multiplicar – conseqüência natural da recente regulamentação, por parte do governo federal, da radiodifusão de baixa potência. A democracia agradece, mas o fato é que muitos dos profissionais destas rádios não têm qualificação adequada. Pensando nisso, o Projeto Comunicar, da PUC-Rio, promoveu uma oficina sobre o tema. Foram três meses de aulas teóricas e práticas, para cerca de 60 alunos. O material produzido no curso foi ao ar, durante os meses de agosto e setembro, pela Rádio Catedral. O Portal PUC-Rio Digital conversou com alguns dos responsáveis pelo curso.

Padre Jesús Hortal, reitor da PUC-Rio: “Este curso se insere dentro da ação comunitária da PUC, algo parte de nosso próprio cerne, como uma universidade católica. Temos que procurar não ficar fechados sobre nós mesmos, nos abrindo para todas as comunidades.”


Professor Augusto Sampaio, vice-reitor comunitário da PUC-Rio: “Foi um casamento perfeito: a PUC, como instituição católica, apoiando um projeto da Arquidiocese do Rio. Esse evento, com esse sucesso todo, tenho certeza que vai se desdobrar. Nosso núcleo de Comunicação Comunitária não pára. Até a montagem de um mural é comunicação comunitária. Agora focamos o rádio. Nos próximos cursos, falaremos de jornal e de televisão”.


Professor Miguel Pereira, coordenador de Comunicação Comunitária do Projeto Comunicar: “O diálogo é essencial para unir uma comunidade. Pois uma comunidade não é um todo. Ela tem dentro dela grupos diferentes, que pensam de maneira diferentes, que agem de maneira diferente. A função da comunicação é fazer com que uns conheçam os outros. É mostrar a diferença como integração e não como oposição, concorrência. Na verdade você precisa do outro para melhorar.”


Professor Sérgio Bonato, coordenador da oficina: “Agora os moradores das comunidades atendidas pelo projeto podem ter acesso mais fácil às emissoras de baixa potência. Este tipo de rádio geralmente aumenta a auto-estima das pessoas, e inclusive o direito e a cidadania das pessoas. Elas passam a se sentir participantes de uma sociedade que é igual para todos, ou pelo menos que deveria ser igual para todos.”