No dia 9 de fevereiro, a cantora Carmen Miranda completaria 100 anos. Mais de 50 anos após sua morte, a portuguesa radicada no Brasil será homenageada no Rio de Janeiro. Na Semana Carmen Miranda, planejada pela Secretaria de Cultura, a pequena notável vai ser relembrada com exibição de filmes, shows e apresentações, como da Escola de Samba Império Serrano. Uma exposição retrospectiva da cantora, a partir da década de 30, trará uma novidade: a pequena escultura, em tamanho natural, que retrata a artista. A obra é de autoria de Ulysses Rabello.

Fundamental para o desenvolvimento do rádio no País, a pequena notável ficou conhecida pela baiana de turbante e balangandans que divulgou o Brasil pelo mundo e mostrou “o que é que o brasileiro tem”. Nos anos 30, ela fez grande sucesso com a marchinha “Taí”, de Joubert de Carvalho. Desde então, tornou-se figura representativa do carnaval das marchinhas, ajudando na formação do samba e do samba-choro. Em 1939, foi para os Estados Unidos, onde fez diversos filmes e se tornou a artista mais bem paga de Hollywood. Em 1955, aos 46 anos, Carmen teve um colapso cardíaco fulminante e o Brasil perdeu um de seus grandes ídolos.

A programação da Semana Carmen Miranda inclui também debates sobre filmes dos quais ela participou, visitas mediadas e atividades com escolas. No primeiro dia, o governador Sérgio Cabral participará do lançamento da medalha comemorativa dos 100 anos, feita pela Casa da Moeda.

O Museu Carmen Miranda fica no Parque do Flamengo e foi aberto ao público em 1976. Seu acervo possui cerca de três mil e quinhentas peças em exposição permanente, com destaque para os trajes sociais e de shows. O Museu fica na Avenida Rui Barbosa, s/n.