Ser jovem é querer ser livre, conquistar a admiração dos amigos, contestar valores arraigados, buscar novas emoções. Valores que logo nos remetem ao cigarro. Na tentativa de parecerem independentes, ou simplesmente por estilo, muitos experimentam e iniciam cedo o consumo do cigarro.

Não é à toa que o tabagismo chega até a ser considerado uma doença pediátrica. De acordo com estudo realizado pelo INCA – Instituto Nacional de Câncer – 90% dos fumantes começaram a fumar na adolescência. Uma prova de que a venda e o consumo de produtos proibidos a menores de 18 anos não sofrem nenhum controle de fiscalização.

Pelo estudo do INCA, hoje, o número de fumantes de ambos os sexos é praticamente equivalente. Mais uma preocupação: apesar das campanhas educativas sobre os males do cigarro, isso não impede um número crescente de jovens, inclusive meninas, que se iniciam no vício.

É verdade que agora também o cerco aos fumantes vem aumentando. Leis que proíbem fumar em lugares coletivos – como bares, restaurantes, shoppings e boates – demonstram uma mudança de atitude. A proibição de fumar não ocorre por puro preconceito social, como reclamam alguns dos atingidos pelas restrições. A irrefutável comprovação de que a fumaça do cigarro faz mal a saúde de quem não fuma é a principal razão da separação dos espaços.

Se há cada vez menos lugares livres para fumantes, há também menos razões para começar a fumar. Quem fuma sofre de freqüentes infecções respiratórias, dores de garganta e tosse. Têm falta de ar e mau desempenho em atividades físicas. Mau hálito, doenças na gengiva e dentes escuros são outras mazelas que afetam a aparência e não agradam a ninguém. Além, claro, de roupas e cabelo impregnados pelo cheiro do cigarro. Tudo o que vai contra o ideal de beleza e saúde quase obrigatório nos tempos de hoje.

Para quem já sucumbiu ao vício e encontra dificuldades em largar o cigarro, uma dica: procure o Nicotina Anônimos, da PUC-Rio, no salão da Pastoral. Os encontros são realizados todas as quintas-feiras, ao meio dia e meia.

É possível ser livre e independente sem fumar.