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Rio de Janeiro, 26 de abril de 2024


Campus

Dilcéia Oliveira: história de sonho e determinação

Rafaella Mangione - Do Portal

26/01/2009

Dilcéia Oliveira, aluna recém-formada em Jornalismo pela PUC-Rio, diz que desde os nove anos sonha em ser jornalista. Segundo ela, a repórter da Rede Globo, Sandra Passarinho, foi sua grande inspiração. “Eu adorava o nome dela na tela, e como gostava de borboleta pensava que se fosse para a TV poderia me chamar Dilcéia Borboleta”, brinca. Porém, foram necessários muitos anos e tentativas até que conseguisse concretizar seu sonho. “O destino sempre me afastava do que, na realidade, eu queria”, diz

Ela começou cursando Geologia na UFRRJ, pois não tinha passado para Jornalismo nas outras universidades públicas. Faltando um ano para se formar, decidiu trancar a faculdade e prestar vestibular, novamente, para Jornalismo, na UFRJ e na UERJ, mas não passou. No ano seguinte, tentou mais uma vez, porém ficou a poucos pontos da classificação, e resolveu cursar Filosofia, na UFRJ.

Foi durante este curso que ela teve seu primeiro contato com a carreira jornalística. “Comecei a fazer estágio em um jornalzinho que era distribuído na Central”, afirma. Neste período, conheceu Sidney Rezende, que sugeriu que fizesse Jornalismo na PUC-Rio, mas ela ficou receosa, pois não tinha condições financeiras. Pouco tempo depois, Dilcéia prestou o vestibular, passou e conseguiu uma bolsa integral.

Recentemente, ela venceu o Projeto Memória, quando seu texto competiu, em um concurso nacional, com 10.045 redações. O tema proposto era relacionar a vida do marinheiro João Candido com os direitos humanos. Ao longo da pesquisa, se surpreendeu com as descobertas que fez sobre ele. “Eu só o conhecia por causa das aulas de História sobre a Revolta da Chibata. Não sabia da dimensão de sua luta pelos direitos humanos”. 

Contar histórias e levar conhecimento às pessoas é o que mais a encanta na profissão. “É como se eu estivesse fazendo a minha parte para contribuir”, comenta. Segundo ela, entre seus muitos sonhos, um deles é se tornar correspondente internacional, mesmo por um curto período de tempo, pois admite que sentiria saudades de sua terra natal.

Hoje, Dilcéia trabalha na TV Brasil e define os anos que passou na PUC-Rio como bons, porém cansativos. “Eu moro em Campo Grande e ainda cursava Filosofia na UFRJ”, ressalta. Logo depois, trancou Filosofia e ficou só com Jornalismo. “Essa era a oportunidade da minha vida, e eu sabia disso”, diz.