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Rio de Janeiro, 20 de abril de 2024


Economia

Infografia e audiovisual em destaque no design

Claudiane Costa e Larissa Fontes - Do Portal

15/08/2014

 Viviane Vieira

As mídias digitais com ênfase em infografia e audiovisual estão ganhando espaço no mercado de design, área que agrupa artistas habilidosos, loucos por tecnologia, fascinados por games e animação. Aplicativos, sites, livros, e-books, interfaces para computador, caixa eletrônico, basicamente todos os equipamentos que carregamos precisam de projetos desses profissionais. O design, pela sua própria natureza, é uma área que está em constante mudança por conta da tecnologia e das necessidades das pessoas, que variam com o tempo. A atuação do designer vai acompanhando essas mudanças, e consequentemente suas oportunidades mudam, destaca a coordenadora da graduação de Design e supervisora da habilitação de comunicação visual, Izabel Maria de Oliveira:

– O designer não é um piloto de computador, não é um tarefeiro que vai reproduzir ordens de um cliente; é um profissional que vai pensar qual é a melhor solução para um problema, seja de design, de comunicação ou de produto.

Viviane VieiraO curso de Design oferece quatro habilitações: Comunicação Visual, Mídia Digital, Moda e Projeto de Produto. É comum o aluno mudar de interesse em uma determinada especialização, mas mudar com o tempo. A professora Izabel de Oliveira destaca a integração dessas áreas, principalmente com relação à comunicação visual e mídias digitais.

– São áreas que vão se renovando com o tempo. São os alunos que vão fazer o entrelaçamento dos conhecimentos disponíveis dessas áreas, de acordo com o interesse na formação profissional. De maneira geral, a televisão tem muita necessidade. Temos ex-alunos que trabalham produzindo principalmente vinhetas e infográficos, este último cresce devido a busca por informações objetivas, curtas e diretas – afirmou Izabel, em palestra aos 130 calouros de design no “Meu Primeiro Dia na PUC”, na segunda-feira (11).

Segundo a professora Maria das Graças Chagas, supervisora da habilitação de Mídias Digitais, aos poucos a sociedade vem dando maior valor ao trabalho do designer, havendo uma transposição enorme dos produtos analógicos para os digitais.

– A sociedade já conhece um pouco mais, mas não tanto como deveria os diferenciais que um designer pode trazer para um projeto, pois seus serviços estão incorporados no dia a dia. Hoje quando pensamos sobre como se usa produtos e serviços digitais já nos lembramos do papel desse profissional.

A supervisora da habilitação de mídias digitais, Marias das Graças Chagas, ressalta, por outro lado, que não basta apenas criar:

– O aluno de design não vai criar objetos apenas por criar, mas porque resolvem um problema que preenche uma lacuna não preenchida por outros objetos. Esse é o olhar do designer. Ele vai observar como o homem interage com o meio e perceber que nem sempre os produtos que existem são satisfatórios e atendem as necessidades.

Diante das diferentes personalidades que habitam o curso de design, especialistas garantem que todos têm algo em comum. Com tantas diferenças, as quatro habilitações do curso têm como ponto de partida o desejo de criação. A especialista também aproveita para desmistificar a ideia de que o designer nasce criativo:

– Mesmo sem ser criativo, desde que o aluno queira, ele pode desenvolver essa criatividade e ter um bom desempenho em criações.

Já na área de moda, que cresce no mercado brasileiro acompanhando a explosão do mercado consumidor, marcas estão se internacionalizando, o comércio pela internet tem se ampliado – o setor de estamparia está em grande expansão diante da maior agilidade e facilidade dos processos de produção, segundo Izabel.

Viviane VieiraA estudante mineira Caroline Sherube, 18 anos, veio para o Rio para fazer o curso e mostrou disposição neste primeiro contato com a universidade. A caloura de moda acredita na necessidade de criar novas vertentes para o curso.

– Quero trabalhar na área de criação. Mesmo sendo um curso amplo, muitas pessoas buscam algo diferente. Muitas áreas ainda precisam ser desenvolvidas.

Interessada pela área de marketing, Isabela Barbosa, 18 anos, que acompanhava sua amiga, aponta desafios no mercado nacional:

– Lá fora existem mais oportunidades de trabalho, enquanto no Brasil a área do design ainda é bastante inexplorada. 

Aos 11 anos, Fabiana de Almeida lia nas revistas adolescentes guias sobre a profissão de designer e já se interessava. Hoje, com 25, matriculada no curso, mostra-se ansiosa para iniciar sua carreira:

– Apesar de amplo e criativo, o mercado é competitivo, mas com foco e determinação vou conseguir o que quero. Pretendo seguir a área de Comunicação Visual pela atenção que desperta nas pessoas.