Projeto Comunicar
PUC-Rio

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Rio de Janeiro, 24 de abril de 2024


Ciência e Tecnologia

Criar em vez de executar

Felipe Machado - Do Portal

25/10/2007

O mercado de publicidade passa por uma falta de profissionais competentes. Para o publicitário Márcio Morgade, não basta ser um mero executor, mas um criador. “Hoje você não trabalha em atendimento, ou criação. O publicitário é um profissional de comunicação”, afirma. Morgade defende a idéia de que a separação de áreas na publicidade está em extinção. Nem a enxurrada de recém-formados tem garantido renovação. O desafio do estudante e futuro profissional da área é conseguir inovar. Ou, como define Morgade: “balançar estruturas mais engessadas”. Isso porque a forma como a mensagem é conduzida e a maneira como as pessoas a absorvem informação mudaram.

O elemento novo é a convergência de mídia, que abriu ainda mais o leque de possibilidades de comunicação. E os veículos não estão mais concentrados em poucas emissoras, rádios, ou poucos jornais, como antes. Hoje, há centenas de canais de TV e rádios e milhões de sites que espalham informações muito mais rápido e fragmentam o impacto das campanhas. “Não existe uma fórmula única para atingir uma pessoa. Hoje é necessário impactá-la aos poucos”, explica.

Morgade acredita que é preciso apenas levar todo o conhecimento da publicidade off line para a tecnologia digital. Ele é sócio-criador da Agência Digital Bendita, sediada no Rio de Janeiro, e diz que a cidade perde muitos profissionais para São Paulo, onde os salários, assim como as condições de trabalho, são melhores. Ele mesmo foi para a capital paulista depois de formado, mas decidiu voltar para o Rio por não ter se adaptado à qualidade de vida paulistana. “Ir para São Paulo é como vender a alma ao diabo, pelo menos em publicidade. Trabalhava fim de semana, virava a noite.”