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Rio de Janeiro, 24 de abril de 2024


Cultura

Novo longa de Taranto será exibido no Centro

Jana Sampaio e Júlia Cople - Do Portal

07/11/2013

 Lucas Terra

Ponto final é saída obrigatória, é fim de linha. Mas também — questão de tempo — é ponto de partida e recomeço. A frase, que abre a página eletrônica do novo filme do cineasta e professor da PUC-Rio Marcelo Taranto, Ponto final, sintetiza a atmosfera intimista e inconsciente do seu segundo longa-metragem, que será exibido neste fim de semana no Centro Cultural Justiça Federal (Av. Rio Branco, 241, Centro). Nesta sexta, a apresentação é às 19h. Sábado e domingo estão marcadas duas sessões, às 17h e às 19h. A entrada é franca, mas convém chegar uma hora antes da sessão para garantir a senha.

Um dos sete filmes selecionados oficiais para o 39º Festival de Cinema de Gramado de 2011, entre 180 inscritos, Ponto final conta a história do executivo Davi (Roberto Bomtempo), que perde a filha Beatriz (Julia Bernat), vítima de bala perdida. O já abalado casamento com Helena (Dedina Bernadelli) se desestrutura ainda mais com a tragédia. Um encontro inesperado o faz repensar suas posições, com a ajuda de uma mulher que conhece no ônibus (Hermila Guedes). Esse ambiente funciona como metáfora da vida, explica o diretor: 

— O universo é projetado dentro de um ônibus para retratar a vida passageira. O ônibus, cenário de grande parte das cenas, torna-se o elemento de fuga que Davi usa para superar a morte da filha. Mas é também o seu ponto de partida — observa Taranto, que também assina a produção do longa — O motorista do coletivo, vivido por Othon Bastos, funciona como o alterego do protagonista.

Segundo o cineasta, o objetivo do filme é "desvendar como as pessoas enfrentam as tragédias e vivenciam os dramas". Embora trate da morte, e da maneira como atinge cada um, tema recorrente nas obras anteriores de Taranto, Ponto final inova na direção de arte e fotografia. Em tom intimista, o longa "faz uma construção interessante do seu desenho estético".

Depois das sessões das 19h no CCJF, estão marcados, como diz Taranto, papos sobre aspectos levantados porPonto final e os bastidores da produção. No sábado, Taranto, responsável ainda pela música do filme, e o também professor da PUC-Rio Sergio Motta vão conversar com o ator Silvio Guindane, intérprete do trocador do ônibus. No domingo, o debate será com o diretor de arte, Alexandre Morucci.

— O público também se interessa em saber mais sobre a produção, os bastidores, a direção artística e a preparação dos atores. É sempre bom discutir cinema, tanto do ponto de vista do conteúdo quanto da técnica — anima-se Taranto.