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Rio de Janeiro, 10 de maio de 2024


Cidade

Chico: aposta no desenvolvimento

José Augusto Martini - Do Portal

16/09/2008

 Paula Giolito

O potencial tecnológico e intelectual do Rio de Janeiro foi o tema do debate promovido pela Associação dos antigos Alunos (AaA) e pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da PUC-Rio com os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de 2008. Chico Alencar, candidato do PSOL, destacou a importância de mudanças no combate à violência: “Não é apenas um caso de política, mas de políticas públicas”, disse ele, ao afirmar que é  contrário ao enfrentamento defendido pelo governador Sérgio Cabral. Alencar ressaltou ainda a urgência em reestruturar o transporte público e a Guarda Municipal e de sua obsessão com a redução da desigualdade. Ao comentar das bênçãos que teve em sua vida, lembrou que uma delas estava presente no auditório - sua filha Ana.

Francisco Rodrigues de Alencar Filho, 56 anos, mais conhecido como Chico Alencar, está em seu segundo mandato consecutivo como deputado federal pelo PSOL. Apesar disso, ele defende que não é deputado e se for eleito não será prefeito: “Isso é uma função, não deve ser profissão, sou professor”, disse. Alencar é formado em História pela Universidade Federal Fluminense e foi duas vezes vereador do Rio de Janeiro pelo PT. Ele acredita que seu conhecimento da cidade será um diferencial se for eleito. Ao criticar a falta de um projeto de urbanização na cidade, lembrou dos cinco mil imóveis desocupados no centro do Rio.

Um das bandeiras da campanha de Chico Alencar é a reestruturação da Guarda Municipal (GM). “A guarda vive uma crise de identidade. Não sabe o que é. Queremos reestruturar o seu papel. A polícia tem uma orientação equivocada”, criticou. Para o candidato é imprescindível que a GM tenha consciência da cidade e esteja mais bem equipada. Ao ser questionado sobre o uso de armas de fogo pela GM, o candidato mostrou-se contrário à idéia.

A reorganização do transporte público é outro ponto do programa de governo de Chico Alencar. Para ele, o transporte no Rio é completamente desorganizado. “O Rio é uma das únicas cidades do mundo onde o transporte público foi todo privatizado. As empresas de ônibus têm o monopólio”, denunciou. O candidato acredita que as mudanças começam com o debate e a politização da juventude: “É dever do candidato debater”.

O presidente da AaA, Thomas Tosta de Sá, um dos organizadores do debate junto com Eduardo Shalders, presidente do DCE da PUC-Rio, mostrou-se otimista com o futuro da cidade e enfatizou a importância do poder Legislativo para a democracia. “O crescimento do Brasil nos próximos 25 anos vai depender de como a sociedade vai lidar com a política”, afirmou. O candidato a vereador Eliomar Coelho também esteve presente e reafirmou a política como elemento de transformação: “Só a política pode mudar os danos causados pela má política. No lugar de uma inovação da política, houve uma involução”.

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