Conhecido como o “baiano mais carioca que existe”, o cantor e compositor Dorival Caymmi está agora imortalizado em uma rua no Rio de Janeiro, cidade que adotou em 1938. Na tarde de ontem, após decreto expedido pelo prefeito César Maia, a Secretaria Municipal de Urbanismo inaugurou a Rua Dorival Caymmi, no Leblon, em cerimônia que contou com a presença de parentes e amigos do artista. O compositor morreu no dia 16 de agosto, aos 94 anos, em seu apartamento em Copacabana. Ele sofria de insuficiência renal e teve falência múltipla dos órgãos. A pequena rua, localizada na altura do número 1.136 da Av. Visconde de Albuquerque, era conhecida antes da homenagem apenas por Rua B.
Mas os 38 metros da via parecem pouco para a obra de Caymmi. Em 60 anos de carreira, o baiano lançou cerca de 20 discos, marcando o nome de sua família na história da Música Popular Brasileira. Dori, Danilo e Nana, que seguiram os passos do pai, estiveram na inauguração da rua, e de forma bastante emocionada, Nana contou sobre a vida de Caymmi na Cidade Maravilhosa “Meu pai escolheu o Rio para viver e aqui morou 70 anos. Sua relação com a cidade sempre foi muito boa. Vou gostar muito de passar por aqui, que é um caminho que eu faço sempre, e ver uma homenagem assim”.
Residente do Rio de Janeiro desde os 24 anos, Caymmi morou no Grajaú, Leblon e Copacabana. Amante do mar, compôs músicas como “A jangada voltou só” e “Suíte dos pescadores”, e tal paixão foi decisiva na escolha do bairro que homenageou o cantor, já que o Leblon foi o primeiro lugar próximo à praia em que Caymmi morou com a família.
Caymmi empresta seu nome a rua no Leblon
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