A cada ano, a Mostra PUC fica maior – a expectativa desta 12ª. Edição é de que sejam oferecidas quatro mil vagas de trabalho e estágio para graduados e pós-graduados, apresentadas por 60 empresas aos 110 mil visitantes durante os quatro dias. Embora para cerca de 12 mil alunos, professores e funcionários a transformação do campus possa ser um transtorno, o movimento extra é, para muitos, garantia de mais dinheiro no bolso no fim do mês.
É o que acontece com Reinaldo Moreira, segurança do estacionamento para quem o burburinho transforma-se em renda extra no final do mês. O segurança do estacionamento trabalha usualmente das 16h à meia-noite, mas no período da feira de empregos e estágios o funcionário chega às 8 horas, instala sua cadeira debaixo de uma árvore com uma garrafa de água e lá permanece até 22h. Com o aumento da carga horária, ele calcula ganhar mais R$ 220,00 reais diários.

O Fast Way, lanchonete no pilotis do Prédio Kennedy, onde é grande a concentração de estandes, registra por dia um aumento de 20% nas vendas, mesmo perdendo a clientela habitual de alunos da universidade que preferem ficar longe do burburinho. Os visitantes são os responsáveis pelo crescimento nas vendas. Os mais pedidos são pão de queijo, croissant e refrigerante. “Sanduíche não vende nesta época, pela demora em prepará-lo”, diz a gerente Ana Carolina Weber, que comemora os resultados das últimas edições. Ela espera ansiosa a contagem dos lucros. “ Um dos nossos funcionários tem que ficar organizando a fila , já que ela fica gigante”, diz Ana.

Canetas, cadernos e bombons

São diversas as razões para gostar da Mostra PUC. Há quem compareça para se divertir e encontrar os amigos. Carolina Corcini, aluna de Psicologia da PUC, adora os brindes distribuídos na feira, principalmente canetas, cadernos e bombons. “A PUC fica uma confusão, mas tem o lado bom de encontrar meus amigos de outras faculdades, que normalmente eu nunca veria na parte da manhã. Até procuro por estágios, mas sempre vou aonde tem mais brinde”, afirmou.

A estudante de Psicologia da PUC, Maíra Carvalho, acredita que a Mostra PUC é uma oportunidade para aqueles que estão ingressando no mundo universitário. Para ela, o fato de as empresas montarem estandes dentro de uma universidade como a PUC facilita o contato dos calouros com o mercado de trabalho. “As empresas estão contratando pessoas cada vez mais novas, a partir do programa de estágio, para obter um profissional treinado no futuro. Apesar de haver poucas oportunidades para meu curso, eu gosto de vir conferir o que tem de novo a cada ano”, disse Maíra.

Daniel Nazaré, estudante de Administração da Estácio de Sá, vê a Mostra PUC como uma chance de estagiar em empresas pioneiras no mercado. Mesmo que não passe para alguns processos seletivos, Daniel acha importante o contato que faz na feira. “Que outra época do ano você pode conhecer mais sobre a Globo, AmBev, Oi, todas líderes do mercado em seu segmento? As palestras e workshops também são legais, fazemos contatos com profissionais, conhecemos o dia-a-dia da futura profissão, principalmente para minha área, onde as chances de vagas são ainda maior.”

Quem está de olho nas suas chances é Rodrigo Pinto – o Rodriguinho do Coco –, que já se acostumou a engordar o orçamento com o maior faturamento nas edições anteriores. “O aumento nas vendas é considerável”, diz ele, com um sorriso no canto da boca.