Entre as tradicionais conversas sobre novas disciplinas, novos professores e a badalação nas férias, Pequim freqüenta as rodas de jovens. Na volta às aulas, a principal competição do planeta iguala calouros e veteranos: todos relevam-se especialistas, com palpites frescos de hipismo a vôlei de praia, futebol a atletismo. Os pilotis respiram Olimpíada.

Felipe Lemos e Artur Teixeira, calouros de Engenharia, transformam o intervalo das aulas em mesa redonda. Felipe prefere acompanhar o basquete, mas na hora de torcer escolhe o iatismo – particularmente o heptacampeão mundial Robert Scheidt, que arrematou dois ouros em Atlanta 1996 e uma prata em Atenas 2004.

– Mesmo iatismo não sendo um esporte popular, gosto do Robert Scheidt. Ele se esforça ao máximo, procurando reconhecimento no que faz - justifica.

Já Artur prefere o futebol, como a maioria. Mas também gosta de atletismo brasileiro. Seu eleito é Jadel Gregório, recordista mundial do salto triplo.

– Ele (Jadel) é muito competitivo, sempre procura se superar.

Artur aposta que o Brasil vai superar as cinco medalhas conquistadas na Olimpíada de Atenas, em 2004. Mais cauteloso, Felipe ficará satisfeito se os brasileiros repetirem a quantidade de pódios. Os dois só concordam quanto ao favoritismo chinês. Acreditam que o país anfitrião vai superar os Estados Unidos no número de medalhas.

– Esta Olimpíada será mais concorrida do que a passada. Por competir em casa, a China vai brigar pela liderança – prevê Artur.

Daniel de Almeida, estudante de Jornalismo, faz uma previsão convencional. Acredita que os Estados Unidos vão manter a hegemonia história, resultado, segundo ele, no grande inventimento em esporte de alto rendimento. Daniel pretende acompanhar com mais atenção o futebol e o tênis, enquanto o colega Gabriel Ventura, de Engenharia, revela-se mais eclético: vai torcer por vôlei de praia, atletismo, natação.