O Rio amanheceu mais uma vez com uma densa neblina. Nos últimos dez dias, o visual londrino se repetiu pelo menos quatro vezes e, além da paisagem, mudou rotinas. Às 7h desta quarta-feira, a visibilidade abaixo dos 3.500m forçou o fechamento por uma hora, para pouso, do Santos Dumont. Um voo foi cancelado e cinco, transferidos para o Aeroporto Internacional Tom Jobim.

De acordo com a meteorologista Aline Totho, do Climatempo, o excesso de umidade e uma frente fria que está no oceano vêm causando o nevoeiro, mais comum no inverno. A névoa, que cobriu também a base aéra de Santa Cruz, se tornará, ainda segundo a especialista, menos frequente. Até lá, o fenômeno exigirá atenção redobrada. Além de mudar o cenário típico da cidade, o fenômeno exigirá muita paciência de motoristas – como os surpreendidos pelo cortina branca que encobriu hoje cedo os prédios na orla da Barra – e passageiros com voos marcados para as primeiras horas da manhã.

Fechado para pouso durante uma hora, o aeroporto Santos Dumont funcionou com o auxílio de instrumentos até as 7h20. A Infraero garante que a infraestrutura aeroportuária é "adequada para operar em qualquer condição". Especialistas ponderam, no entanto, que as operações em baixa visibilidade exigem uma conjugação de recursos e competências tanto dos aeroportos quanto das companhias aéreas.