Uma barraca ao lado dos Pilotis do Kennedy chamava a atenção dos que passavam pelo campus. Alunos e voluntários transformavam frutas em obras de arte. Era a despedida do curso de Biochip, ministrado pela professora Ana Branco. A atividade fez parte da programação da XIV Semana do Meio Ambiente, que se estende hoje, na PUC-Rio.

Com frutas e grãos germinados, alunos e curiosos de plantão fizeram dos pratos (algo parecido com um azulejo branco) quadros coloridos. A arte vira um alimento não só para o espírito, garante a professora:

- Quando se desenha um alimento para comer, fica-se quatro vezes  mais nutrido. Pode experimentar. A beleza nutre o corpo e a alma. Você se encanta com o cheiro, com as cores. Fica nutrido com o encantamento.

Para a publicitária Rosinéia da Lima Marques, aluna do curso de Biochip, o curso ajudou a adotar hábitos alimentares mais saudáveis. Apesar de vegetariana, ela confessa que abusava das calorias:

- Comia tudo que eu via de besteira na rua: doce, pizza, pão-de-queijo. Estava sempre com muita fome, me alimentava muito mal. Agora estou consciente da importância de manter hábitos mais saudáveis. Estou mais forte. 

Biochip representa um grupo de pesquisa que visa conectar o indivíduo à terra. Como Ana Branco explica:

- Se você se alimenta do que a terra dá, você fica parecido com ela. Você é filho da terra. Todos os alimentos têm chip vivo de informação. Como se fosse um outro software dentro do seu hardware, que é o corpo. Você aprende a se conectar com a terra a partir dos chips vivos dos alimentos.

No próximo semestre, as aulas de Biochip começarão no dia 8 de agosto. Mais informações, no site wwwusers.rdc.puc-rio.br/anabranc.