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Rio de Janeiro, 18 de maio de 2024


Campus

“Samba na Universidade” anima o campus

Thiago Castanho - Do Portal

26/05/2008

 Thiago Castanho

O projeto “Samba na Universidade” encerrou com chave de ouro nesta segunda-feira, 26, com a presença do grupo Sururu na Roda e do veterano Nei Lopes. Mais uma vez, o evento organizado por Nilze Carvalho, deixou o anfiteatro cheio e animou o horário de almoço da PUC-Rio. Contando com nomes de peso como Nelson Sargento e Monarco, os três dias de apresentação foram sucesso de público. A união de música popular com universidade parece ter dado certo. “Deveria ser sempre assim”, afirma o sambista, escritor e compositor Nei Lopes, que cantou no último dia de evento.

Para Nei Lopes, não deveria causar estranheza a união do samba com a universidade. “Quando o samba não está na universidade é porque há interesses estranhos envolvidos. Se viesse um grupo de pop-rock, ninguém estranharia”, completa. Para ele, o samba deveria não só estar na universidade, como também nos currículos escolares.

 Outra proposta do evento foi unir os compositores antigos aos sambistas mais novos. O grupo Sururu na Roda é todo formado por sambistas jovens e fez a parte instrumental que acompanhou todos os dias de evento. A cantora Nilze Carvalho(foto), além de organizadora do evento, também é cavaquinista e da nova guarda de compositores de samba. A juventude do samba aliada aos grandes nomes da velha guarda garantiram ao público composições recém-saídas do forno lado, a lado com sucessos populares do passado.

O evento chegou ao fim, mas deixou momentos incríveis. O público lotando o anfiteatro e cantando em coro “Aquarela brasileira” e “Samba da minha terra” é algo que não se vê todos os dias. Os artistas também propiciaram, além de fantásticas canções, gargalhadas aos espectadores, como quando Nei Lopes, 66 anos, apresentou-se ao público como um sambista “da nova guarda”. Em outro dia, Nelson Sargento, de 84 anos, fingiu pedir uma bebida alcoólica e depois revelou tratar-se de água. “Triste fim de carreira de malandro!”, disse ao público. Tratava-se apenas de uma brincadeira, pois, pelo visto no anfiteatro, nem o compositor e nem o próprio samba estão em fim de carreira.