O inverno carioca está muito distante daquele com que está acostumada a princesa Mary Elizabeth, a Mary da Dinamarca. Ontem, dia mais quente do ano, com máxima de 41,2 graus, a princesa e sua comitiva de 15 pessoas visitaram a PUC-Rio para assinar convênios buscando facilitar o trânsito de alunos brasileiros para a Dinamarca e vice-versa. Apesar do calor, a princesa estava impecável, num discreto tubinho cinza, e bem-humorada:
– Eu sei bem o que é estar num país estrangeiro com uma língua diferente e um clima diferente. Mas na Dinamarca os programas de estudo são em inglês e, quanto ao frio, é só colocar mais roupa – brincou ela, que é australiana, em discurso que durou exatamente 10 minutos.
A princesa ressaltou que a escolha se deu pelo reconhecido investimento da universidade em pesquisa e em internacionalização:
– A PUC tem uma boa base de pesquisa. É um campus muito bonito, às vezes deve ser difícil estudar aqui – comentou Mary, que por sua vez chamou a atenção de alunos e funcionários por sua beleza.
O acordo, vinculado ao programa Ciências sem Fronteiras, envolve, além dos cursos do Centro Técnico Científico (CTC), o Departamento de Ciências Sociais e a Coordenação Central de Cooperação Internacional (CCCI).
O vice-reitor para Assuntos Acadêmicos, José Ricardo Bergman, afirmou que as parcerias e o crescimento “dramático” do Brasil em pesquisa serão fundamentais para conseguir avanços em áreas como bioenergia, biodiversidade, biotecnologia, saúde, nanotecnologia, inovação e desenvolvimento alimentício.
A dinamarquesa Dorthe Bukh, de 31 anos, que mora no Rio, veio à recepção à princesa, na sala K102, para matar as saudades da sua terra.
– Acho importantíssimo esse tipo de parceria. Apresentar uma cultura não é só chamar um artista, por exemplo, e pedi-lo para tocar. Tem que ser uma troca, conhecimento – comentou a mestre em artes, que veio ao Brasil pela primeira vez trabalhar num centro de cultura e se apaixonou “pelo lugar e pelas pessoas”. Depois de terminar os estudos em Copenhague, ela voltou, desta vez para ficar.
Também estavam presentes representantes de quatro universidades dinamarquesas, que apresentaram as instituições. Eram elas a University of Southern Denmark, a Technical University of Denmark (DTU), Aalborg University e a Copenhagen Business School.
A visita faz parte do programa criado pelo Visit Denmark, órgão de turismo dinamarquês, com o objetivo de tornar o país mais conhecido e atraente para estrangeiros. Na agenda da princesa também consta um workshop para empresários convidados, chamado “Dinamarca, uma experiência real”, nesta quinta, no hotel Windsor Atlântico, em Copacabana.
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