Projeto Comunicar
PUC-Rio

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Rio de Janeiro, 27 de julho de 2024


Cultura

Samba invade o bosque e anima a hora do almoço

Glaucia Marinho e Gustavo Coelho - Do Portal

16/05/2008

 Thiago Castanho

O almoço acabou em samba. Os culpados foram Nilze Carvalho e Monarco, craques da cadência brasileira. Na segunda-feira, dia 12, eles transformaram o Anfiteatro Professor Junito Brandão numa roda de bambas. Foi o primeiro dos três shows do projeto Samba na Universidade. Nos dias 19 e 26, a animação será comandada por Ana Costa, Nelson Sargento, Nei Lopes e Sururu na Roda.

Sob a regência do samba, 150 concentravam-se naquele recanto do bosque - entre alunos, professores e funcionários - e aproveitavam o banquete oferecido por Nilze e Monarco no meio do dia. Clássicos de Chico Buarque, Paulinho da Viola, Candeia e Ivone Lara fizeram o publico cantar e dançar. Para Monarco, um dos símbolos da Portela e da alma carioca, tocar na PUC-Rio é uma celebração das fronteiras derrubadas pelo batuque. O mestre lembrou que o samba era perseguido, mas se impôs sobre preconceitos:

- O samba não saia do morro e hoje freqüenta a universidade. Fico feliz com integração promovida pela música, entre a velha guarda e a juventude. Quem não gosta de samba bom sujeito não é – lembra Monarco.

A cantora Nilze Carvalho, que também foi uma das idealizadoras do projeto, ficou emocionada com a receptividade do público:

- Foi lindo, adorei.

 Apesar da ótima aceitação, Nilze ressalvou que falta muito para o samba ganhar mais destaque na imprensa:

- O espaço do samba na mídia ainda é restrito. O sambista precisa fazer trabalho de formiguinha.

Aluno do terceiro período de engenharia, Murillo Sabino saiu da roda de samba com um gostinho de “quero mais”:

- Eu me amarro em samba. É um dos melhores tipos de música. O show superou as minhas expectativas.

Para Alvaro Gonzaga, do terceiro período de Comunicação, a roda de samba também representa um refresco para os alunos que saíram do primeiro período de provas do semestre:

- Essa iniciativa é muito interessante. É legal aproximar a cultura do samba da gente. Estudamos para caramba, e esse show é um intervalo para o lazer. Semana que vem estarei de volta.

Também do terceiro período de Comunicação, o estudante Fernando Vieira elogiou a escolha do sambista Monarco:

- Sou um apreciador de samba há algum tempo e o Monarco já é da história carioca. 

E o samba continua. No dia 19, a PUC-Rio vai receber Ana Costa e Nelson Sargento. No dia 26, Nei Lopes, acompanhado do grupo Sururu na Roda. As apresentações estão marcadas para o meio-dia, no anfiteatro.