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Rio de Janeiro, 27 de julho de 2024


Campus

Smartphones impulsionam mercado online

Patrícia Côrtes e Ana Luiza Cardoso - Do Portal

09/08/2012

O grande desafio do comércio hoje é acompanhar as mudanças de hábitos dos consumidores que, munidos de smartphones e tablets, estão conectados à internet todo o tempo. Para conquistar este mercado, lojas que eram apenas físicas passaram a trabalhar também, ou somente, no comércio na rede.

Na palestra Desafios do varejo, realizada durante a XV Mostra PUC, o coordenador da divisão de viagens do grupo B2W, Flávio Serapião, falou sobre o novo mercado consumidor do país e o crescimento de vendas na internet. O grupo, que integra Lojas Americanas, Submarino, Ingresso.com e Blockbuster, é atual líder neste segmento.

– Hoje, dos 80 milhões de internautas brasileiros, 30% fazem compras pela internet. A previsão é que esse número chegue a 50% até o fim de 2012 – explicou Serapião.

O executivo acredita que a fronteira entre o online e offline está se tornando cada vez menor, o que não significaria, porém, o fim dos pontos de venda. Para ele, os benefícios de cada modelo se completam.

– Indo à loja você pode ter contato com os vendedores, ver, tocar e testar os produtos.

As vantagens do e-commerce são muitas para os compradores: não é preciso respeitar o horário comercial, é possível comparar diversos preços ao mesmo tempo e comprar e receber os produtos sem sair de casa. De olho neste mercado, a B2W investiu R$ 160 milhões em 2011.

As altas cifras tentam resolver dois dos grandes gargalos do comércio online, segundo o coordenador: a logística, responsável pela entrega dos produtos; e a central de atendimento, canal de comunicação entre o consumidor e a loja, pronta para resolver possíveis problemas.

– A preocupação em fazer tudo certo aumentou com a explosão das redes sociais. Hoje, 86% dos internautas estão em pelo menos uma delas. Ali tudo é disseminado rapidamente e pode manchar a reputação de uma empresa – justificou.

Segundo a coordenadora do Departamento de Recursos Humanos da Americanas, Luiza Igrejas, a B2W está com 60 vagas de estágio abertas. São três processos seletivos: um para marketing e comunicação; outro para os pontos de venda; e outra para gerente de vendas. Podem se candidatar universitários de qualquer curso. As inscrições podem ser feitas pelo site.

– É possível crescer dentro da empresa em um setor só ou ter o que chamamos de “carreira em espiral”, quando o funcionário vai passando por vários setores – explicou Luiza.

O mercado dos softwares

Fundador do software Não precisa anotar, o estudante Marco Combat, aluno de sistema de informação na PUC-Rio, apostou neste público conectado ao desenvolver seu guia da cidade do Rio, com endereços e telefones dos principais pontos turísticos e de serviços públicos como hospitais e delegacias. O aplicativo ganhou o concurso Rio Apps, promovido pela Prefeitura do Rio em dezembro de 2011.

Na palestra Desenvolvimento de aplicativos para Iphone e Android, na XV Mostra PUC, Marco explicou que criou o aplicativo inspirado na praticidade das Listas Telefônicas. Ao buscar o telefone do Circo Voador na internet, Marco se deparou com uma infinidade de sites de buscas, sem informações precisas para contato. Ao saber do concurso, lembrou-se da ida à Lapa e se isolou em casa para trabalhar no projeto, que desenvolveu em um mês, buscando informações sobre desenvolvimento de aplicativos em sites na internet.

– Hoje, criar aplicativos é fácil, milhares de pessoas já fizeram isso. É só procurar no Google! – disse Marco, completando: – Se encontrar problemas durante o projeto, também é só pesquisar na internet como resolvê-los.

Marco destacou que não basta ter boas ideias; é preciso planejar e estar preparado para os problemas que vão aparecer. Sobre o mercado da venda de softwares, Marco alerta:

– Não espere que alguém lhe peça para criar um aplicativo. Crie, ofereça e dê o seu valor. – E recomendou: – Não pensem em ganhar muito dinheiro, pensem em desenvolver bons portfólios.