Projeto Comunicar
PUC-Rio

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Rio de Janeiro, 26 de abril de 2024


Campus

Universitário por um dia

Gabriela Ferreira, Glaucia Marinho, Gustavo Coelho, Maria Eduarda Parahyba e Thiago Castanho - Do Portal

14/05/2008

 Thiago Castanho

Eram sete mil alunos inscritos, vindos de 200 colégios e de diferentes cidades além do Rio de Janeiro, como Petrópolis, Campos e Niterói. A programação da quinta edição do PUC Por Um Dia foi oficialmente aberta com uma palestra do coordenador central de Graduação, Alfredo de Oliveira, professor do curso de Artes e Design. Ele apresentou um retrato da faculdade para os alunos de Ensino Médio, falando sobre diversos aspectos do campus, dos departamentos e do processo de vestibular. Além disso, os vestibulandos presentes ao Auditório Padre Anchieta também tiveram a oportunidade de conhecer projetos como a Empresa Júnior e os convênios que a PUC mantém com universidades do exterior.

De início, o comparecimento dos alunos foi bastante tímido, mas o auditório não demorou a ficar lotado. Para atender aos que chegaram com a apresentação em andamento, o professor Alfredo de Oliveira repetiu sua palestra duas vezes. Suas palavras foram ouvidas com atenção pelos cerca de cem alunos presentes, principalmente quando o assunto foi vestibular e bolsas de estudo. O professor explicou a importância do evento:

- O PUC é um momento em que a universidade abre as portas para o Ensino Médio. Apresentamos nosso campus e nossas áreas de conhecimento. O objetivo não é somente proporcionar uma oportunidade para que os alunos conheçam a PUC, mas também ajudá-los nesse momento de escolha vocacional.

O auditório Padre Anchieta permaneceu cheio para a palestra de Arquiteta e Urbanismo, que aconteceu logo na seqüência. Pelo menos quarenta alunos precisaram ficar em pé, enquanto outros formavam fila para entrar no local. A professora Maria Fernanda Lemos foi a encarregada de apresentar o curso aos alunos, tentando desfazer alguns “mitos” sobre a profissão de arquiteto:

- A primeira lição que ensinamos é que um arquiteto não precisa necessariamente desenhar bem. O fundamental é que ele tenha uma ótima visão espacial. Para isso, o aluno precisa passar por dez disciplinas de projeto, que são a espinha dorsal do curso.

Além disso, Maria Fernanda também falou sobre o mercado de trabalho para os futuros arquitetos e urbanistas. Segunda a professora, não faltam oportunidades para os profissionais da área:

- O mercado está bombando. Venho recebendo muitos e-mails de pessoas pedindo ajuda ou referência. Quem é formado em arquitetura e urbanismo pode escolher vários setores diferentes para se especializar, como paisagismo, design de interiores e até legislação ambiental, por exemplo.

O auditório American Express, no prédio do IAG, recebeu a palestra do Departamento de Economia, que aconteceu entre 10h e 12h. As atividades foram abertas pelo diretor Rogério Werneck, que ressaltou a importância do curso de economia da PUC-Rio: “O trabalho que realizamos aqui é comprovadamente bom. E falo isso baseado em evidências externas, que envolvem o desempenho dos alunos fora da faculdade”, diss ele. Logo depois, o coordenador da graduação, Sérgio Firpo, tomou a palavra, e explicou mais detalhes do curso:

- Nós enfatizamos bastante os métodos quantitativos. O objetivo é formar alunos capazes de emitir opinião e tomar decisões fundamentadas, sem “achismos”. Além disso, também procuramos apresentar aos alunos a história econômica do país, que é muito importante para que se possa entender como chegamos aqui.

Também participaram da palestra as professoras Marina Mello e Mariana Albuquerque, que falaram sobre a estrutura do curso e tiraram dúvidas dos alunos. Sobre a importância da PUC no cenário econômico brasileiro, Marina Mello fez um balanço positivo:

– Temos todo um esforço de colaboração com a política econômica do país. A posição de estar no governo é muito frágil, já que é mais sujeita a ataques. Sempre haverá críticas da oposição. Mas inegavelmente a economia brasileira tem melhorado bastante em conseqüências das reformas dos últimos anos.

Petróleo em alta

 A grande oferta de empregos na área da Engenharia de Petróleo e os altos salários pagos pelo ramo fizeram lotar o RDC para a palestra do professor Sérgio Fontoura no PUC por um dia. Segundo ele, a indústria petrolífera deixou de contratar profissionais por, aproximadamente, 15 anos, e agora é necessário preencher as vagas de quem está se aposentando.

- As áreas mais procuradas são as de perfuração, ou exploração ou produção. E também a área de geologia de petróleo. Os profissionais que possuem qualificação nessa área estão realmente sendo pagos a peso de ouro em comparação com outras engenharias. – disse Fontoura.

O professor explicou que para ser um engenheiro de petróleo é necessário ser prático, criativo e ser movido a desafios, além de procurar um bom curso.

- Em primeiro lugar, ao buscar a opção petróleo, é necessário procurar uma instituição que não tenha apenas compromissos técnicos, mas também objetivos pessoais. Isso faz uma diferença muito grande. Além disso, ter boa comunicação oral e escrita – explicou o professor.

Brunno Lima, aluno do 3º ano do Educandário Silva, na Penha, diz que a palestra o incentivou a fazer a Engenharia de Petróleo.

- O dinheiro também é atrativo. Mas o perfil é bem parecido com o meu. Não consigo ficar parado em casa. Se tiver que viajar a trabalho, vou estar sempre pronto para ir. Gosto de desafios – disse.

Comunicação, uma revolução

 O curso de Comunicação Social é umas das áreas procuradas pelos vestibulandos. Com uma diversidade de habilitações, os secundaristas tem a possibilidade no PUC por um dia de conhecer cada uma delas. A apresentação da habilitação de jornalismo foi feita pelo professor do Departamento Leonel Aguiar. Ele chamou atenção para a diferença das faculdades de comunicação. Na Puc, o aluno escolhe habilitação do curso de Comunicação Social no terceiro período, após um ano e meio de vivencia nas três possibilidades do curso.

Outra diferença é a curricular, a universidade, divide a grade desde do primeiro período, com matérias criticas a sociedade, criticas a comunicação e de formação profissional. Oportunidade de estágios, infra-estrutura da faculdade e o dia-a-dia da profissão foram as maiores dúvidas dos 60 alunos do ensino médio que participaram da palestra de Jornalismo dada pelo professor Leonel Aguiar. Segundo ele, a possibilidade de uma segunda habilitação com apenas mais um ano de curso e a infra-estrutura da faculdade são elementos que fazem com que os alunos decidam pela PUC-Rio.

Os alunos presentes na palestra questionaram sobre o mercado de trabalho. Segundo o professor, o mercado deu uma aquecida nesses últimos dez anos. Estamos na sociedade da informação, o principal bem de consumo é a comunicação.

- O Ricardo Noblat ganha R$ 20 mil com um blog. Quem poderia imaginar isso há algum tempo atrás?, perguntou o professor.

Segundo Leonel , o perfil do aluno de jornalismo é o que tem iniciativa, domina a língua e tem o habito de ler. Além disso, o bom jornalista gosta da profissão, dedica-se a uma causa social e com o compromisso com a causa pública. A aluna do terceiro ano do ensino médio do colégio Zaccaria, Fernanda Bertoche, de 17 anos, diz que sua escolha é a PUC-Rio porque recebeu ótimas recomendações da mãe, que estudou aqui também. Uma outra razão foi a farta oportunidade de estágios.

Para Tereza Rodrigues, aluna do Colégio Pedro II que vai prestar vestibular para Comunicação Social, escolheu a PUC também pelas oportunidades.

- Um diferencial que fez com que eu quisesse estudar aqui foi a grande oferta de estágios e também por achar que a PUC abre portas para o mercado de trabalho.

A palestra serviu para que ela esclarecesse dúvidas e tivesse mais elementos para decidir em qual carreira ingressar.

- Depois dessa palestra tive ainda mais certeza de que quero fazer jornalismo, foi muito boa a conversa com o professor, eu pude saber mais sobre a carreira e o dia-a-dia da profissão.

No campus, universitário por um dia

 A PUC estava vestida de verde. Funcionários e monitores vestindo a camisa deste ano do PUC por um dia coloriram o campus em um dia bastante movimentado, no qual a universidade recebeu a visita de estudantes, pais e professores de todo o estado. A intensidade de um evento que só ocorre uma vez ao ano podia ser vista no RDC. Estudantes e professores ocupavam todo o espaço do auditório Del Castillo para assistir à palestra de Engenharia de Petróleo.

Havia também quem estivesse assistindo a pequenos espetáculos musicais e teatrais no anfiteatro do bosque, conhecendo um pouco do ambiente universitário e da reserva ambiental. Mariana Arêas e suas amigas descansavam no pilotis, após assistirem a uma série de palestras. Ela está no 4º ano do curso de formação de professores e estava com dúvidas sobre qual profissão seguir. “Gosto muito de comunicação, mas me interessei por psicologia depois de assistir a uma palestra aqui na PUC”, diz ela, participando do evento pela primeira vez.

A busca por escolher corretamente a profissão era uma constante até fora das palestras. Ao ver um fotógrafo registrando imagens do evento, uma estudante quis saber qual era o melhor curso para quem pretende trabalhar com fotografia. Auxiliando os visitantes, estavam alguns estagiários da universidade e voluntários. Em um campus tão grande, com uma programação tão extensa, havia muito trabalho a fazer. Juliana Sá, do 5º período de comunicação, trabalhou no evento pela primeira vez e achou bastante movimentado. “Essa sala aqui tem gente até no chão”, comentou ela, diante de uma sala lotada no primeiro andar do edifício Kennedy.