O Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro (Sinpospetro-RJ) junto com o Sindicato de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência do Rio de Janeiro (Sindcomb), associação de moradores de Copacabana e funcionários de postos de gasolina se reuniram nesta terça-feira, 15, em uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para debater sobre o fim da concessão do governo do estado aos empresários de postos de gasolina. Um representante do Ministério Público do Trabalho acompanhou a sessão, que não teve efeito pela ausência de representantes do poder público.

Com o fim do contrato com a BR Distribuidora, dez postos teriam até o dia 6 de junho para serem entregues. As áreas estavam sob o controle da distribuidora há mais de 30 anos. O governo estadual negou a renovação da concessão alegando a preservação e o embelezamento da orla. Cinco dos postos ficam na Avenida Atlântica. Atendem a 1,2 milhão de motoristas por ano e empregam cerca de 200 funcionários.

– Nos últimos anos, 15 postos fecharam por conta da especulação imobiliária. Se isso acontecer, Copacabana terá dois postos para atender a 250 mil moradores – disse o representante do Sindcomb, Ricardo Maranhão.

O presidente da Sociedade Amigos de Copacabana, Horácio Magalhães, completou:

– Copacabana é um bairro de passagem, que liga toda a Zona Sul. Os dois postos não vão suprir a demanda.

Presidente da Comissão de Trabalho e Educação da Assembleia, o deputado Ricardo Abrão (PDT-RJ) dirigiu a sessão e prometeu marcar nova audiência com representantes do estado e da BR. Proprietário de postos de gasolina, ele negou interesse pessoal na questão, alegando que seus postos ficam em outra região da cidade. 

Ainda em defesa da permanência dos postos, os sindicalistas argumentaram a utilidade pública dos estabelecimentos, como o reabastecimento dos automóveis, informações aos turistas e a garantia da segurança dos moradores durante a madrugada.

A Associação de Moradores de Copacabana realizará um manifesto no domingo, dia 20, no Posto Seis, contra o fechamento dos postos.

O representante do Ministério Público do Trabalho, Wilson Prudente, disse ser a favor da causa, mas que não poderia agir sem ouvir todas as partes envolvidas no caso.