Projeto Comunicar
PUC-Rio

  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2024


Cidade

Prefeitura do Rio volta atrás e replanta árvores na Gávea

Caio Lima - Do Portal

09/03/2012

 Jorge Neto

A Prefeitura do Rio voltou atrás e decidiu replantar as 16 árvores que haviam sido retiradas do terreno na esquina das ruas Marquês de São Vicente e Vice-Governador Rubens Berardo, na Gávea, na última quarta-feira. O secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, esteve nesta sexta-feira no local e garantiu à presidente da Associação de Moradores da Gávea (Amagávea), Maria Amélia Crespo, que abrirá uma praça pública no local. À tarde, a prefeitura confirmou a informação. Desde o início da manhã, funcionários preparavam o terreno para o replantio.

– Ficamos satisfeitos, este replantio é uma reconquista. Aqueles ipês foram plantados há 20 anos pela própria Amagávea. Por sugestão da vereadora Andrea Gouvea Vieira (PSDB), o nome da praça deverá ser Clementino Fraga, por causa do busto que ficava no local, e vão pôr de volta.

A decisão foi tomada após um protesto de moradores contra a derrubada das árvores. O imbróglio foi causado por conta de um processo de investidura (cessão de posse) entre a empreiteira Engeziler e a prefeitura, que concedeu a área pública à empresa, já dona do terreno vizinho, para a construção de um edifício de cinco andares. A obra está embargada pela prefeitura.

 Jorge Neto

O restaurante japonês Sushi Gávea, que também ocupava um pedaço do terreno, já fechou as portas, e a videolocadora Vídeo Nacional se prepara para a mudança. A atendente Elaine Cristina está apreensiva:

– Tínhamos dois meses para deixar o local para começarem a construção do prédio. Já tiramos diversos vídeos das prateleiras e começamos a nos organizar para a mudança. Agora, pode ser que continuemos no local, mas não sei por quanto tempo.

 Jorge Neto O engenheiro Dickson Carracino, morador do prédio ao lado do terreno, acompanhou o início das escavações para o plantar de novas mudas, e se mostrava indignado com a situação.

– Pelo menos tiveram a dignidade de reconhecer o erro e voltar atrás nessa decisão absurda – ponderou.