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Rio de Janeiro, 26 de abril de 2024


Cidade

PUC-Rio trabalha para conter o avanço da dengue no Rio

Gabriela Ferreira - Do Portal

24/04/2008

A PUC-Rio está tomando todas as medidas dentro do campus para combater a dengue, que já contaminou milhares de cariocas e fez pelo menos 90 vítimas fatais este ano. Agentes da Comlurb inspecionam diariamente a universidade para acabar com os possíveis focos. Há também visitas de agentes da Prefeitura do Rio, o trabalho dos jardineiros e as medidas preventivas dos alunos.

A extensão da área verde e do rio da universidade são alguns lugares que favorecem o surgimento de criadouros do mosquito Aedes Aegypti. Segundo o prefeito do campus, Eduardo Cabral Lacort, a PUC-Rio está com toda a atenção voltada para acabar com estes possíveis focos.

- O nosso quadro é o de 160 mil m² dentro de cerca de 500 mil m² de vegetação, ou mais, e esse entorno é um vale. A gente consegue tomar conta dos nossos 160 mil m², mas o mosquito não quer saber, ele não tem fronteiras. Por isso temos que estar bem preparados - disse Lacort.

O prefeito disse também que os agentes da Comlurb que vistoriam a universidade despejam um larvicida em lugares que apresentem água parada. Esse produto impede que os mosquitos façam daquela água um criadouro.

- Bastou ter chuva e já vemos logo poças, buracos e folhas viradas com água acumulada. O foco do mosquito aparece de um minuto para o outro. Por isso, os flocos de larvicida despejados pelos agentes são importantes para que os mosquitos não coloquem seus ovinhos – explicou o prefeito.

 Pedro Gouveia, de 67 anos, jardineiro da universidade há onze, diz que duas vezes por dia, acompanhado de dois ajudantes, recolhe copinhos e garrafas espalhados pela universidade. Mesmo com o desleixo de alguns alunos, Pedro diz não achar focos do mosquito. “A gente sai catando tudo que possa acumular água, mas não temos visto larva de mosquito”, conta.

Os jardineiros também ajudam na prevenção da doença colocando areia nos bambus da universidade e tirando a água que fica retida nas plantas, principalmente nas bromélias. Alunos e funcionários da PUC-Rio estão se prevenindo contra a doença usando calças compridas e repelentes.

O estudante do sétimo período de Publicidade Cristiano Gesualdo perdeu muitas aulas por causa da dengue. Ele conta que sentiu dores no corpo, principalmente nos joelhos, e dores de cabeça. Cristiano ficou uma semana em casa, mas durante três dias a doença foi mais violenta.

- Parece que teu chão acaba. Quando levantei da cama parecia que levava cinco toneladas nas costas. Fiquei de repouso, tomei muita água, senti muita dor – contou.

Além de todos esses sintomas, a dengue também causa a baixa de plaquetas, componente do sangue. Quem tiver entre 18 e 65 anos e estiver bem de saúde, pode ajudar as pessoas com dengue – especialmente do tipo hemorrágico – doando sangue. Com o gesto de solidariedade, os doentes poderão ter de volta as plaquetas perdidas durante a doença.