Projeto Comunicar
PUC-Rio

  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram

Rio de Janeiro, 18 de abril de 2024


Cultura

"Cibercultura veio balançar o coreto da comunicação"

Tiago Coelho - Do Portal

28/11/2011

“O que realmente significa comunicação?”, provocou o professor da Uerj Erick Felinto, na abertura do VIII Seminário dos alunos do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social (PosCom), quarta-feira passada, na PUC-Rio. O encontro, com o tema Comunicação e Diversidade – Novos Espaços e Novas Formas de Apresentação, apontou caminhos para a comunicação cumprir seus desafios essenciais na era digital. 

Questões sobre o campo de estudo e os objetos de análise da Comunicação Social predominaram nos temas levantados por Felinto. Ele observou que há uma busca no meio acadêmico para se definir um corte preciso nos limites da área de atuação da comunicação, sua metodologia e seus objetivos. Tal desafio é aguçado, ainda de acordo com o professor, por incertezas decorrentes do certo "caráter parasitário” que ele atribui à área por estar intrinsecamente ligada a outros campos de estudo.

–  A ciência dos meios é parasitária, pois não é necessariamente uma disciplina, mas uma área de questionamento, de onde pode emergir a partir de diferentes disciplinas como a cibernética – argumentou.

Segundo Felinto, a cibercultura aflorada nos anos 1990 tornar mais difusa a “ciência dos meios”, como prefere chamar os estudos de comunicação com base na tradução do alemão:

– A cibercultura vem para bagunçar o coreto, quebrar paradigmas.  Ela cria uma expansão das fronteiras da comunicação e apresenta novos objetos de estudo.

Erick Felinto, autor de livros sobre Teoria da Comunicação, cibercultura e cinema, considera as mídias digitais, os estudos do audiovisual e a cultura do entretenimento os campos mais importantes a serem aprofundados atualmente. Ele prevê que a comunicação e a arte estreitem os laços:

– A espetacularização das notícias e o surgimento dos reality shows mostram como a sociedade está afinada com o entretenimento. No Brasil, há certo preconceito com o envolvimento da comunicação com a arte. No entanto, há, cada vez mais, uma aproximação entre as duas áreas, sobretudo no campo do audiovisual.