Tiago Coelho - Do Portal
16/11/2011“O pensamento econômico está mais perdido que cego em tiroteio”, comparou o vice-presidente do BNDES, João Carlos Ferraz, ao abir o seminário Desenvolvimento e as Metamorfoses da Desigualdade, organizado pelo Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio, semana passada, na universidade. Ferraz referia-se às incertezas econômicas acentuadas pelas crises europeia e americana. Neste cenário volátil, em que se embaralham os papeis de países centrais e periféricos, o Brasil tem dois caminhos, segundo o economista especializado em estratégia empresarial: resguardar a estrutura econômica, crescendo de acordo com as oportunidades do mercado externo, em meio a surtos de alto crescimento seguido de estagnação, o chamado stop and go (parar e ir); ou investir no desenvolvimento sustentado, fortalecendo a capacidade de resistir a choques externos.
Embora considere prematuro apontar o trilho que o país seguirá, pois “os caminhos estão em disputa”, Ferraz ressaltou uma pavimentação obrigatória: “mais e melhores empregos”. Para consolidar o desenvolvimento sustentado e se manter competitivo, o Brasil precisa melhorar a infraestrutura e a capatitação educacional, acrescentou o economista.
– A infraestrutura é um grande desafio, junto com a capacitação da educação. Isso é o que pode realmente determinar se seremos capazes de criar uma sociedade mais justa com bons serviços públicos para as pessoas que estão no processo de inclusão econômica – argumentou o vice-presidente do BNDES.
Ferraz ressalvou, no entanto, que o conceito de infraestrutura é mais abrangente e complexo do que se costuma discutir:
– Vai da disponibilidade das redes wi-fi à construção de estradas.
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