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Rio de Janeiro, 27 de julho de 2024


Campus

Cartilha para fisgar o consumidor interativo

- Do Portal

28/03/2008

Na batalha por corações e mentes dos consumidores, a gestão de informações torna-se essencial ao mercado publicitário. Regado a humor e estatística, o alerta de Marcos Barbato, da Be! Interactive, e Leonardo Brossa, da Agência 3, marcou o terceiro encontro do seminário “Publicidade na era digital”. Com o tema “Tudo ao mesmo tempo agora: onde e quando anunciar”, o debate realizado em 2007, no Auditório do RDC, levantou caminhos para superar a dispersão produzida pelo bombardeio audiovisual, tornando-o um instrumento de liberdade.

Depois de apresentar estatísticas e pesquisas, Brossa provocou risos ao imitar um jovem no metrô conectado à internet pelo celular, andando sem olhar para frente, “num caminhar quase insano, e com enorme habilidade sensorial”. O diretor de planejamento interativo da Agência 3 lembrou aos estudantes o filme “Minority Report”, de Steven Spielberg, de 2002, no qual parecia demasiadamente futurista a tecnologia empregada pelo personagem de Tom Cruise:

- Pois aquilo, mexer com as mãos os dados de uma tela, já se tornou uma realidade - observou Brossa, segundo o qual o domínio deste novo ambiente criado por avanços teconlógicos é uma arma poderosa na guerra da persuasão.

Ele destacou também a importância de se humanizar os produtos num mundo assombrado pela impessoalidade. Lembrou a estratégia da revista americana “Time”, que elegeu como personalidade do ano... “Você”, e não um grande político ou uma celebridade do cinema ou do esporte.

- Com a internet, nós, pessoas comuns, consumidores da era digital, estamos quebrando o monopólio da informação - diagnosticou o publicitário.

Já Barbato, diretor de comunicação multimídia da Be!, que tem clientes como Shell, HSBC e TIM, realçou o casamento entre os chamados PDVs (pontos de venda) e as novas ferramentas tecnológicas. “Os pontos de venda seguem muito importantes. É lá que o consumidor costuma fazer a escolha”, justificou. Para ilustrar o argumento, o publicitário contou um caso de lua-de-mel entre PDV e tecnologia de ponta:  a projeção digital de uma modelo experimentando roupas na vitrine aumenta o ibope de uma lojas de roupas até de madrugada.

- Ninguém olharia para a fachada e para o nome da loja se não houvesse ali o vídeo da modelo - arrematou Barbarto.