“Como as pessoas brilhantes morrem cedo!”. Assim Antonio Cavalcanti Maia, professor de direito da PUC-Rio e UERJ, encerrou a conferência O alvorecer teórico de uma vida dedicada ao pensamento: Claudinha Castro e o agenciamento Foucault/Deleuze - A filosofia do Direito de François Ewald”, quarta-feira passada, em homenagem à professora Cláudia Maria de Castro, falecida no dia 4 de agosto. A iniciativa do Departamento de Direito e do curso de especialização em filosofia contemporânea da PUC-Rio, reuniu, na universidade, familiares e amigos de Cláudia, além de alunos de Antonio Maia. Ele lembrou alguns dos autores preferidos da velha amiga, que conheceu ainda na graduação:
– Depois de ver Claudinha pela primeira vez, nunca mais a esqueci. Ela possuía uma beleza, uma inteligência e uma leveza inigualáveis. Era uma das mulheres mais elegantes da PUC – lembrou o idealizador da conferência-homenagem.
O professor, responsável pela orientação da monografia de Cláudia Castro, na área da filosofia do direito, afirmou jamais ter encontrado “uma pessoa que ensinava com tanta paixão sendo tão jovem”:
– Várias pessoas iam assistir às aulas da Claudinha. Elas eram um espetáculo à parte.
Na conferência, Antonio Maia leu trechos de livros de algumas das referências filosóficas de Cláudia Castro, como Foucault, Deleuze, André Bernold, François Ewald. Ele também lembrou a parceria com a professora na tradução de textos de grande pensadores:
– Dois textos de François Ewald que eu e Cláudia traduzimos, eu utilizei nas minhas aulas de graduação, mestrado e doutorado na PUC e na UERJ.
Um dos textos lidos de autoria de Cláudia Castro e Antonio Maia – ambos orientados tanto no mestrado como no doutorado pela professora do Departamento de Filosofia da PUC-Rio Kátia Muricy – foi a introdução do “Dossiê: Deleuze e a Cultura Contemporânea”, publicado na edição dupla da Revista Lugar Comum, da UFRJ. Esta produção seguiu-se ao Seminário Deleuze e a Cultura Contemporânea, entre os dias 9 e 12 de maio de 2006, no auditório do RDC da PUC-Rio.
O professor Antonio Maia citou uma passagem do livro “Nosso século XXI: Notas sobre arte, técnica e poderes”, da professora da Escola de Comunicação da UFRJ, Janice Caiafa, como um lema filosófico-existencial de Cláudia Castro:
– Janice escreveu: “A criação - que vai contagiar os outros, ser dádiva para os outros, produzir alhures devires”.
A professora Cláudia Maria de Castro desde 1992 lecionava na PUC-Rio, de onde também foi aluna da graduação em direito e do mestrado e doutorado
Após lutar por oito meses primeiro contra uma embolia pulmonar e, depois, contra o câncer, a professora faleceu no dia 4 de agosto. Em 2 de setembro, completaria 46 anos.
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